terça-feira, 20 de abril de 2010

21 de abril de 1960 - Inauguração de Brasília (50 anos)

Monumento do Memorial JK em Brasília/DF, em 2005. Fonte: Acervo pessoal

Apesar de ter sido pensada ainda na primeira Constituição da República, de 1891, a construção de Brasília só ocorreu no governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961), sendo a meta síntese de seu famoso Plano de Metas. Com o lema “Cinquenta anos em cinco”, JK baseava seu mandato num modelo de desenvolvimento econômico acelerado, transformando o Brasil agrário em um país industrializado, daí desenvolvido, mas com forte intervenção econômica internacional. O plano priorizava basicamente cinco setores econômicos: energia, transporte, indústria de base, alimentação e educação. O presidente JK investiu principalmente na construção de rodovias e, movido por um ideal de integração do território nacional, transformou a antiga ideia de levar a capital para o "coração do país" em realidade.

A inauguração de Brasília, aguardada ansiosamente pelo presidente, por seus construtores e idealizadores e, especialmente, pelos brasileiros, ocorreu no mesmo dia em que possivelmente aconteceu a fundação de Roma (753 a.C.), o maior centro de um dos maiores império da Antiguidade Clássica e, hoje, capital da Itália; e também na mesma data em que se lembra a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, conhecido pelo episódio da Inconfidência Mineira e por ter sido transformado em herói nacional.

Segundo fontes da internet e do Jornal do Brasil, ciente da importância histórica daquele dia 21 de abril, Juscelino acordou muito cedo para iniciar o dia, no qual a capital seria transferida oficialmente do Rio de Janeiro para Brasília. Logo pela manhã, o presidente ouviu o toque da alvorada pela Banda do Batalhão de Guardas, e, depois hasteou a Bandeira Nacional em Frente à nova sede do Governo, o Palácio do Planalto.

Vista do hotel onde estava hospedado em Brasília/DF, em 2005. Fonte: Acervo pessoal.

“Brasília já vem sendo apontada como demonstração pujante de nossa vontade de progresso, como índice do alto grau de nossa civilização. Já a envolve a certeza de uma época de maior dinamismo, de maior dedicação ao trabalho e à Pátria, despertada, enfim para seu irresistível destino de criação e força construtiva”, declarou Juscelino, ao encerrar o discurso de instalação do Poder Executivo no Planalto Central. Daí por diante, ele "aposentou" de vez as atividades executivas no Palácio do Catete, que a partir de então, tornava-se um museu.

Baseada no Plano Piloto de Lúcio Costa, vencedor de um concurso público em 1957 e nas geniais ideias de Oscar Niemeyer, a capital era o símbolo do desenvolvimento nacional. Apesar dos contrastes de uma construção erguida sobre o barro do cerrado, a cidade gerou muitos empregos, além de ter contribuído para o povoamento do Centro-Oeste, que sempre fora preterido desde a chegada dos portugueses na chamada Ilha de Vera Cruz em 1500.

Com a então Senadora Ana Júlia Carepa, na Conferência das Cidades, em Brasília/DF, em 2005.

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