segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Teodoro Ribeiro Fernandes, Capitão da Marujada de São Benedito: 100 anos



O querido Sr. Teodoro Ribeiro Fernandes completou nesta segunda-feira, dia 14 de outubro, 100 anos de vida. Ele que é Capitão da bicentenária Marujada de São Benedito há pelo menos 45 anos, é também um grandioso exemplo de um mestre da cultura popular bragantina e beneditina, sempre disciplinado, um bom marujo e uma pessoa simples e com muita vitalidade e lucidez.
Meus cumprimentos ao Capitão da Marujada de São Benedito de Bragança, Sr. Teodoro Ribeiro Fernandes e à toda sua família, honrada por merecer ter em sua vida tão importante personalidade da cultura do povo de Bragança.
Aqui, a homenagem, o reconhecimento e toda a admiração. Parabéns.
De um marujo e de sua família
Dário Benedito Rodrigues
Foto: Acervo pessoal (2011)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Manto de Nossa Senhora de Nazaré, por mais um ano, das mãos de um bragantino

Por mais um ano, o estilista bragantino Carlos Amílcar Sales Pereira, é o autor do manto que cobre a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, também conhecida como imagem Peregrina.
A peça (manto) foi apresentada à comunidade nesta quinta-feira, dia 10 de outubro, na Basílica Santuário de Nazaré, após a missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. Com o encerramento da liturgia, as luzes da basílica foram apagadas e só acesas com a apresentação do manto, já colocado sobre a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.
O arcebispo e o estilista comentaram na imprensa (sites em geral) sobre o tema do manto, que é “A Igreja em oração unida à Maria, Mãe de Jesus”, inspirado na própria gênese do Círio de Nazaré de Belém, com o encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré pelo caboclo Plácido junto a um tronco de taperebá e levou para casa. Ainda recorda toda a tradição nazarena trazida pelos padres portugueses para a Amazônia, especificamente a Vigia de Nazaré, no século XVIII.
A flora amazônica está representada nas cores verdes e laranja (do taperebá, tipicamente amazônico), com feixes florais rebordados e aplicados sobre o manto. Além disso, o manto possui camadas de aplicações tridimensionais ao fundo da peça, toda bordada em pedrarias e cristais em quatro tonalidades de rosa, do magenta suave à cor lilás, no centro da parte de trás do manto. Essa tonalidade é inspirada na devoção a Nossa Senhora do Rosário.
O estilista enfatizou o tema da devoção ao Rosário, expressa na confecção do manto, tendo na oração um poderoso auxílio contra o mal, lembrando-se das aparições de Maria, nas quais sempre convida à oração e à paz. A confecção do manto durou cinco meses até a sua finalização, com diversos estudos e conversas entre o estilista Carlos Amílcar e o arcebispo Dom Alberto Taveira. A riqueza do material é ínfima diante da mensagem de fé e de evangelização.
A finalização da pela é o feita em galão de metal dourado, com cristais e rosetas, inspirada nos motivos que adornam o estuque (revestimento) do teto da Basílica de Nazaré. No manto ainda se tem a cor azul, simbolizando o firmamento e o manto da Virgem Maria e a imagem de um sol, representando Jesus Cristo. No broche que encerra peça, a representação do Coração Imaculado de Maria.
Ao finalizar sua explicação sobre o manto, Carlos Amílcar Pereira ressaltou a homenagem à aproximação dos 400 anos da presença e ação evangelizadora das missões cristãs católicas na Amazônia, desde o século XVII, com referência à sua terra natal – Bragança – e à Companhia de Jesus, pioneira nesse processo evangelizador, tendo posto no manto o brasão do Papa Francisco, referindo-se à sua eleição em 13 de março de 2013, o primeiro papa latino-americano, primeiro papa não europeu em 1.200 anos e o primeiro papa jesuíta de toda a História.
Carlos Amílcar nos concedeu uma entrevista exclusiva via telefone, na manhã desta sexta-feira, dia 11 de outubro, dizendo que é uma benção, uma honra e um sentimento esplêndido e inexplicável prestar de forma muito singela honras á Maria. Exaltou as referências à histórica devoção nazarena no Pará e na Amazônia e ressaltou que existem diversas referências à Bragança neste manto, como na simbologia a devoção e ao título de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade, além da presença dos jesuítas na Amazônia, que por primeiro anunciaram o Reino de Deus.
Amílcar relembrou sua devoção pessoal a Santa Teresinha do Menino Jesus, quando construiu nos feixes de cipós entrelaçados e sobrepostos neste manto uma representação dos arabescos do altar de Santa Teresinha, na Basílica Santuário. Essa devoção particular nasceu nos tempos que ele era aluno do Instituto Santa Teresinha em Bragança, na década de 1970. Recordou, com grata memória, que em 1975, numa gincana interna do IST, apresentou a vida de Santa Teresinha com seus colegas de turma, sendo premiado no evento, que marcou esta fase de estudante e de devoto teresiano.
Disse ainda, que o manto precisa ser interpretado não somente como uma peça de arte, mas como uma obra que recorda a liturgia católica, o exercício da fé e os eventos da vida de Jesus, num trabalho de contemplação e não de disputa ou valores. Carlos Amílcar disse estar extremamente feliz, honrado e orgulhoso de suas origens, envaidecendo sua terra natal, ainda mais por dispor de sua arte para homenagear Jesus Cristo, na figura de sua Mãe, Maria Santíssima. “Estou em êxtase, sou um artista completo e o manto é uma benção”, concluiu o estilista que ainda pediu que os bragantinos entendam-se homenageados no manto de Nossa Senhora de Nazaré, desejando um abençoado Círio a todos os paraenses.

Fotos: Círio Oficial (2013).
Maiores informações: Site Oficial do Círio de Nazaré

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Hino de Bragança (Letra e Música)

O Hino de Bragança é uma grande composição, com letra do magnífico Antônio Telles de Castro e Sousa e música do renomado maestro Raimundo Cunha. De tanto ouvi-lo ser executado, mesmo após uma gravação exigente de profissionais da música, não se chega a consenso quanto à sua letra e música.
Pois, pesquisando a partir de fontes de trabalhos de pesquisa, resolvi publicar a página 6 (seis) da Revista Bragança Ilustrada, Ano II, edição de março a junho de 1952, que tinha como diretor Joaquim Lobão da Silveira e secretário Jorge Daniel de Sousa Ramos, que nos permite visualizar a partitura da música e a letra transcrita do referido hino.
Espero que o Poder Público - e suas instituições responsáveis - corrija as gravações do Hino ou que introduza, após as mudanças feitas, as palavras e significados que com o tempo foram sendo feitas, das quais não tenho conhecimento e que talvez estejam nos anais da Câmara Municipal de Bragança.

Fonte: Revista Bragança Ilustrada (1952).
Pesquisa: Tanaiane Sousa (História 2010).

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Câmara Municipal homenageará personalidades e instituições em memória aos 400 anos de Bragança



Fazendo parte da programação deste ano, em que se lembra da memória dos 400 anos de Bragança, a Câmara Municipal de Bragança promoverá hoje, 1º de outubro, às 19h. na Sede WT Eventos a entrega de comendas em homenagem a bragantinos e instituições.
As personalidades e instituições homenageadas foram escolhidas, apresentados em requerimentos e votados pelos Vereadores de Bragança, em sessão realizada no dia 27 de junho passado, ficando marcada a data de hoje para a entrega dessa comenda.
A honraria foi criada pelo Poder Legislativo Municipal no dia 08 de abril de 2013, pela resolução n. º 470/2013, que instituiu a Medalha dos 400 Anos do Município de Bragança, Estado do Pará.
A escolha de algumas personalidades sofreu oposição por uma parte da imprensa bragantina, porém, a maioria dos homenageados e instituições é de importante relevância para a história recente da cidade de Bragança, em setores como a Educação, a Cultura, os Serviços Voluntários, a Religiosidade, a Política e o meio social em geral.

Foto: Orla de Bragança. Fonte: Acervo pessoal (2012).