sábado, 30 de julho de 2016

À memória de meu avô, Manoel Paes Rodrigues por seus 100 anos


Meu avô Manoel Paes Rodrigues, também conhecido como Manoel Baxeira, completaria hoje 100 anos se vivo estivesse. Entre nossa família deixou um exemplo de trabalho e dedicação, ainda muito presente em todos nós, por sua austeridade, sua palavra sempre firme e seu senso de responsabilidade com tudo o que o envolvia.
Manoel era o terceiro filho (e como eu, também do meio!) de Raimundo da Costa Rodrigues e Ana Paes (Ramos) Rodrigues, nascido em 31 de julho de 1916. Casou-se por duas vezes. A primeira vez com a jovem Felícia de Oliveira Rodrigues, com teve seis filhos: Benedita (in memoriam), Ana, Benedito Lázaro, Zelina, José e João. Com Joana Dolores Rodrigues, sua segunda esposa e minha avó, teve oito filhos: Socorro (minha mãe), Mariano (in memoriam), Nonato, Paulo, Maria Alice (in memoriam), Pedro, Domingos Sávio (in memoriam) e Zacarias.
Faleceu na manhã do dia 07 de abril de 1998, em Belém, sendo velado na Igreja de São Benedito, seu santo de devoção particular e sepultado no Cemitério Santa Rosa de Lima, entre os seus pais, avó e familiares, na sepultura de n.º 01.
Hoje recordo com saudades a memória de 100 anos de sua vida, renovando publicamente minha gratidão por tudo o que ele significa e por ter nos protegido de quem nos ameaçou dividir, de ter sido corajoso e enfrentar tantas dificuldades, do seu jeito e com a sua personalidade forte e decidida.
Um avô mais que pai. Além de suas características, físicas e morais, tenho nele o espelho de um pai que não deixou nada faltar à sua família, que se esmerou por tudo o que ela representava, mesmo com as limitações que teve. Seus ensinamentos eram bem silenciosos, baseados muitas vezes, no olhar e na observância ao respeito e à postura diante da vida. E disso eu tenho muito orgulho e só posso render graças à vida por ter me dado o privilégio de conviver com ele, de lembrá-lo e de respeitar sua memória.
E no alto de seus 81 anos, mesmo com problemas de saúde e idade, ele manteve o caráter patriarcal de nossa família, auxiliando-nos a entender a vida, mantendo a religiosidade e a devoção a São Benedito, com inúmeros exemplos que deixou. Em minha memória estarão sempre os muitos momentos com meu avô desde o tempo de infância até quando ele partiu, quando eu tinha 21 anos. E levarei essa recordação sempre comigo.
Com essa saudade firmo o propósito de sempre me recordar dele nos momentos em que a vida exigir, erguendo a cabeça e seguindo em frente. Sua vida pôde não ter sido centenária, mas sua memória hoje se torna um pouco mais do que a vida.


Te amo vovô, hoje e sempre! Esteja em paz com Deus. Teu neto, Dário.