sábado, 31 de julho de 2010
3ª Parada da Diversidade Sexual em Bragança fecha julho com chave de ouro... e purpurina
Liga Esportiva de Bragança (LEB): 55 anos de trabalho pelo Esporte bragantino
1ª URE de Bragança sob nova direção
Nomeados mais 16 servidores estaduais para Bragança
CARGO: PROFESSOR AD-4 – DISCIPLINA: FILOSOFIA
THIAGO AUGUSTO ARAUJO PEREIRA
SIDNEY DA SILVA CORECHA
ALCENILDO FAVACHO DO NASCIMENTO
RICARTH DE SOUZA VIEIRA
CARGO: PROFESSOR AD-4 – DISCIPLINA: FÍSICA
ADRIANO SANTOS DA ROCHA
ELISSON FARIAS
CARGO: PROFESSOR AD-4 – DISCIPLINA: INGLÊS
FERNANDO ALVES DA SILVA JUNIOR
MARCUS ALEXANDRE CARVALHO DE SOUZA
DANIELY SILVA
LEONARDO GO ITADANI
TATIANA DE SOUSA SILVA
ALINE DE PAULA CUPERTINO
CARGO: PROFESSOR AD-4 – DISCIPLINA: QUÍMICA
VIVIANE SILVA PEREIRA
LUCIANO ALMEIDA WATANABE
HERBERT FONSECA DA SILVA
CARGO: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
1ª URE – BRAGANÇA
VALDENICE DE OLIVEIRA SANTOS
sexta-feira, 30 de julho de 2010
28 anos sem Dom Eliseu Maria Coroli (1900-1982)

Nascido em Castelnuovo, Piacenza, Itália, no final do século XIX, o pequeno Eliseu absorveu os ensinamentos da mãe Molinari de um modo tão profundo, que aos seis anos de idade, surpreendeu-a com perguntas que a deixaram admirada ao ver seu filho, impregnado de um ideal tão sublime.
- Mamãe, o que faço para ser feliz?
- Filhinho, você deve ser um bom cristão.
- Mas, mamãe, e para eu ser mais feliz?
- Então, querido, você deve ser padre, pois o padre é uma pessoa feliz.
- Mas, mamãe, e para eu ser feliz, muito, muito feliz?
Os olhos de mamãe Molinari encheram-se de uma ternura infinita...
- Filhinho, então você deve ser um missionário, pois ele é uma pessoa feliz, muito feliz.
Eliseu calou-se e seus olhos ganharam um novo brilho. Sim, um dia ele seria missionário e conquistaria milhares de almas para Deus.
O menino Eliseu, vinte quatro anos mais tarde, viu seu sonho concretizado, quando após sua ordenação sacerdotal foi enviado à América do Sul. Em território brasileiro fez florescer nos corações a semente do evangelho, que desde a sua infância sonhara em plantar em terrenos baldios, onde a presença de Jesus era desconhecida.
Na Amazônia, Pará, enfrentando chuva e sol, a pé ou cavalo, em canoa, barco, Padre Eliseu levava a Palavra de Deus com entusiasmo e alegria. Corria como um louco em busca das pessoas que desconheciam o evangelho para torná-las testemunhas de Jesus, conhecedoras de seu amor. Em seu coração ardia o fogo da paixão pelas almas. Queria salva-las a todo custo, arriscando a sua própria vida, numa região onde os recursos eram precários em todos os aspectos. Uma grande alegria inundava continuamente o seu coração e em seu rosto transparecia a felicidade que lhe abrasava a alma. Aprendera com sua protetora Santa Teresinha a viver em alegria perpétua, mesmo se as dificuldades o visitassem. O sorriso no rosto era um sinal marcante de sua felicidade interior. Entre os irmãos indígenas foi uma presença pacífica e amiga, procurando respeitar suas tradições e costumes.
Sendo sagrado bispo aos quarenta anos, continuou com sua vida missionária. Atendendo aos apelos de Deus fundou em 1948, em Ourém, cidade interiorana do Pará, a Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha. Quis ver suas filhas espirituais embebidas do Caminho da Infância Espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus, vivendo no abandono total e confiante nos braços do Pai.
Apaixonado por Nossa Senhora, a quem chamava simplesmente de Mamãe, pela Eucaristia e vivendo continuamente nos braços de Deus Pai, como filhinho confiante e alegre, Dom Eliseu deixou este mundo aos oitenta e dois anos de idade, demonstrando a todos que o conheceram que é possível doar-se inteiramente a serviço do irmão, sem, entretanto, esquecer-se de estar continuamente na presença de Deus, através de uma vida intensa de oração.
Além da Congregação, fundou outras obras destinadas à promoção humana e à preservação da vida: o Instituto Santa Teresinha, a Rádio Educadora de Bragança, hoje Fundação Educadora de Comunicação, o Seminário Santo Alexandre Sauli, o Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria. Tinha pelos pobres e doentes um amor quase maternal. Queria que fossem bem tratados e costumava dizer que “o doente é o pobre mais pobre”, pois é nesse estado que a pessoa necessita de mais carinho e atenção. Seu belo pensamento “o doente é uma segunda Eucaristia: é Jesus”, revela o grau de amor e respeito que ele tinha pelos irmãos doentes.
Quem visitar Bragança, cidade paraense, poderá comprovar de perto o que foi realizado por um homem simples e humilde, mas que sempre acreditou na misericórdia e no amor do Pai.
Em 10 de agosto de 1996, em Bragança, realizou-se a abertura do Processo Diocesano de Canonização de Dom Eliseu Maria Corolli, encerrado em 30 de julho de 2005. Em Roma os peritos investigam, cuidadosamente, a vida do Servo de Deus para comprovação das virtudes heróicas.
Imagem e Fonte: http://www.cmsteresinha.org.br/Fundadores.htm
Canonização
Dom Eliseu Maria Coroli morreu no dia 29 de julho de 1982 e foi sepultado numa capela contígua ao Altar-mor da Catedral de Bragança. Após o sepultamento, começaram as peregrinações. “Pessoas rezam pedindo graças através do Santo Bispo que doou alegremente sua vida a Deus, servindo aos irmãos, sem medir esforços para vê-los felizes. E bênçãos do céu, sob a intercessão de Dom Eliseu vão chegando à terra. É a resposta para os que crêem serem os santos amigos de Deus e assim merecem os seus favores”, observa irmã Marilda Teixeira.
Ela lembra que “somente a Igreja pode proclamar a autenticidade das virtudes heróicas praticadas por aqueles que partiram desta vida, deixando aos que ficam o testemunho de uma vida santa”. Assim sendo, o então Bispo da Diocese de Bragança, Dom Miguel Giambelli, enviou, em 1994, à Sagrada Congregação da Causa dos Santos, em Roma, escritos, livros e documentários que comprovam a vida de santidade de Dom Eliseu.
De Roma, depois de estudar minuciosamente os documentos enviados, veio a declaração de que poderia ser aberto o Processo de Canonização do já então Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli. Em 10 de agosto de 1996, o atual Bispo de Bragança, Dom Luís Ferrando, fez a abertura da fase Diocesana do Processo de Beatificação do Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli. Foi nomeado um tribunal para ouvir testemunhas, analisar escritos, fazer pesquisas sobre a vida e virtudes do Servo de Deus.
Terminados os trabalhos,
“Já temos em mãos a carta enviada pela Congregação da Causa dos Santos, afirmando a validade de todo o Processo Diocesano enviado a Roma. Roma pediu dados que confirmem que sua fama de Santidade continua crescendo”, relembra irmã Marilda que vai continuar acompanhando o processo de beatificação e futura canonização do bispo.
Fonte: Fundação Nazaré
Link: http://www.fundacaonazare.com.br/voz/ler.php?id=80&edicao=5
Ana Júlia na campanha em Bragança
Amigos são para sempre, independente de tudo
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Em 29 de julho de 2010: a Diocese de Bragança festejará datas históricas

Dia 29 de Julho a Diocese de Bragança celebra:
- 29 anos de morte de dom Eliseu
- 50 anos de fundação da Rádio Educadora
- 30 anos da diocese de Bragança.
- 90 anos de vida de dom Miguel.
- 30 anos de ordenação episcopal de dom Miguel.
Como é bom os irmãos viverem unidos! – Salmo 133,1
A Diocese de Bragança se encontra hoje reunida com seu Bispo Diocesano, Dom Luís Ferrando, o Bispo Emérito, Dom Miguel Maria Giambelli, alguns Bispos do Regional Norte II da CNBB, os Sacerdotes Diocesanos e Religiosos, as Religiosas e Religiosos, os Leigos das 22 paróquias, além dos Seminaristas, e demais irmãos desta jovem Igreja de Bragança, para louvar a Deus por vários eventos recorrentes no ano de 2010! E vejam: como é bom os irmãos viverem juntos e bem unidos! – Salmo 133,1.
I - NO PRICÍPIO ERA A PALAVRA... (Gênesis 1,1) - DOM ELISEU MARIA COROLI – 28 Anos de falecimento e gloriosa Ressurreição
Hoje, 29 de julho, recordamos 28 anos passados desde que Dom Eliseu Maria Coroli, primeiro Bispo Prelado de Bragança, foi chamado a ocupar aquele lugar que Jesus foi preparar para cada discípulo missionário. Servo bom e fiel, Dom Eliseu foi o patriarca escolhido por Deus, dentre os filhos de Santo Antônio Maria Zaccaria - os Padres Barnabitas - para conduzir o Rebanho do Senhor pelas boas pastagens deste recanto da Amazônia.
Religioso e Sacerdote barnabita, Bispo e Fundador das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, empreendedor brilhante nas virtudes da Fé, da Esperança e da Caridade, Dom Eliseu foi, sobretudo, o Feliz Missionário da Amazônia.
Chegado a Ourém na primeira fraternidade barnabítica da então Prelazia do Guamá, acompanhando Monsenhor Francisco Richard, Pe. Ângelo Moretti e Pe. Roque Carenzi, o Pe. Eliseu Coroli foi mostrando sua dedicação apaixonada por Cristo e pelos nativos, pela cultura e pelo sofrimento daquela gente. Viveu
Seu fecundo episcopado teve duração de 42 anos. Pastor atento às necessidades espirituais e sociais do seu povo, Dom Eliseu Coroli fundou uma Escola normal que se tornou mais tarde o Instituto Santa Teresinha (1948), berço da educação de inúmeras personalidades e ponto de partida para o melhoramento educacional em Bragança e região. Fundou também a Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha (1954), para irradiar a alegria da Ressurreição de Cristo, ajudar os padres e educar o povo a conhecer e viver sua Fé; colocou em funcionamento uma Maternidade (1954), que se tornou - ao longo do tempo - o honrável Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria. Com a fiel colaboração do Pe. Miguel Giambelli, colocou em funcionamento a Rádio Educadora de Bragança (1960), que a 12 de novembro deste ano celebrará 50 anos de fundação; e o Sistema Educativo Radiofônico (1961), hoje com amplo alcance em estações de ondas médias e tropicais, que já formou a nível fundamental mais de 100.000 alunos. Auxiliado por seu irmão, Pe. Paolo Coroli, construiu e organizou o Seminário Santo Alexandre Sauli (1962) para a formação dos futuros padres. Sendo grande incentivador do esporte para a diversão sadia da juventude, Dom Eliseu fundou o Ginásio de Esportes do Instituto Santa Teresinha, que se tornou o atual Complexo Poliesportivo, que recebe o seu nome.
Falecido a 29 de julho de 1982, e sepultado na Capela mortuária dos Bispos, na Catedral de Bragança, seu túmulo se tornou lugar do destino de muitos devotos e fiéis peregrinos, que vão agradecer as graças alcançadas pela intercessão do Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli, cujo processo de Beatificação foi iniciado a 10 de agosto de 1996, após a Igreja constatar contínuo crescimento de sua fama de santidade, em virtude da vida heróica de amor a Cristo, à Igreja e aos irmãos mais necessitados vivida por este feliz missionário da Amazônia.
II - A DIOCESE DE BRAGANÇA – 30 Anos a serviço de Cristo e da salvação do seu Povo
Há 30 anos atrás, no dia 15 de junho de 1980, o Papa João Paulo II criou a Diocese de Bragança, na mesma ocasião em que foi sagrado seu primeiro Bispo Diocesano, Dom Miguel Maria Giambelli, atualmente com 90 anos de idade.
A Igreja na Diocese de Bragança recebeu ajuda das Dioceses italianas de Piacenza, Brescia, Bragança Paulista e mais recentemente das dioceses mineiras de Campanha e Guaxupé. Ao longo destes anos, as sementes do Evangelho, plantadas pelos primeiros missionários, nasceram e frutificaram: a Diocese viu crescer o número de suas Comunidades, Paróquias, Pastorais, Movimentos e Serviços; aumentou o número de vocacionados, seminaristas, padres, religiosos e religiosas, inclusive enviados como missionários para outras nações, além de numerosos Líderes Leigos, formados com recursos próprios, em centros como a Escola de Formação de Animadores Comunitários – EFAC, em Bragança, a Escola de Formação de Agricultores
A sensibilidade humana de Dom Luís o levou a abrir a Fazenda da Esperança em Bragança, recuperando homens atingidos pelo flagelo das drogas e demais dependências.
Aumentou o número de escolas católicas e instituições de caridade, dirigidas pelas Religiosas Missionárias de Santa Teresinha, Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, Irmãs do Preciosíssimo Sangue, Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Irmãs Angélicas de São Paulo, Irmãs de São João de Deus e Teresitas.
Desenvolveu-e uma vasta programação de assistência espiritual e humana às crianças, aos jovens, casais, enfermos, anciãos e enlutados, assistidos pelas Pastorais da Criança, Catequese, Comunicação, Juventude, Social, Carcerária, Dízimo, Familiar, Litúrgica, do Batismo, da Pessoa Idosa, Caritas Diocesana, Apostolado da Oração, Legião de Maria, Irmãos do Santíssimo Sacramento, Vicentinos, Renovação Carismática, Infância Missionária, Ministros da Comunhão, Guardas de Nossa Senhora, Encontros de Casais com Cristo e Equipes de Nossa Senhora, com abrangência às demais categorias de trabalhadores e pessoas em situação de risco: pescadores, catadores, produtores rurais, pequenos agricultores, menores em risco de prostituição, drogas, tráficos e delinqüências...
Sensível crescimento se verificou também na formação bíblica, teológica, moral, litúrgica, organizacional e caritativa dos Agentes Pastorais, em todos os setores e ministérios, ordenados e leigos. Atualmente, a Diocese conta também com estação reprodutora do sinal da Canção Nova e Rede Vida de Televisão.
Tudo isso coloca em evidência a Diocese de Bragança no frutuoso exercício de sua vocação como Igreja samaritana, discípula e missionária de Jesus Cristo, disposta e capacitada até para partilhar com as outras Igrejas mais pobres um pouco de sua experiência, de seus carismas e de seus bens.
III - ANO SACERDOTAL – Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote
Ao concluir o Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI celebrou a Eucaristia em Roma com mais de 15 Mil Sacerdotes. “Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote” foi o tema deste Ano em que o Sacerdócio foi exaltado por nossa gente, como excelente dom da Páscoa de Cristo que em cada padre revela o imenso amor de seu Coração para com sua Igreja. Com os olhos fixos em Jesus, o bom Pastor, o fiel Sacerdote do Pai, os padres concluíram este tempo de graça com enormes vantagens, estimulados pela firmeza do Papa Bento XVI que quis celebrar os 150 anos da morte de São João Maria Vianney e declará-lo Patrono dos Sacerdotes no mundo inteiro.
IV – POR TUDO, DAI GRAÇAS! – 1Tess 5,18
A Igreja na Diocese de Bragança, faz subir hoje a Deus, pela Eucaristia que celebra, um justo louvor pelas Bênçãos derramadas ao longo de todos estes anos sobre o seu Povo. E suplica ao Senhor da Messe que chame operários generosos e santos, a fim de que – como Discípulos Missionários nesta parte da Amazônia – Pastores e Fiéis prosperem no bom combate para a maior glória de Deus!
Rondon do Pará, 20 de junho de 2010
Pe. Aldo Fernandes, Pároco em Rondon do Pará
Fonte: Site da Diocese de Bragança, extraído de
Parabéns ao meu irmão, Jocelino Filho (Nenê)
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Trânsito ficando complicado em Bragança




Resultado da Enquete sobre confiabilidade na Lei da Ficha Limpa nas eleições 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Miss e Mister Ajuruteua 2010


Fotos do lançamento do livro Encanto e Desencantos, de José Quintino de Castro Leão, em Bragança, 24.07.2010
Divulgação na Folha do Atlântico, nº 50, julho/2010

sábado, 24 de julho de 2010
Mensagens que recebi sobre a publicação na Revista de História da Biblioteca Nacional sobre a Escola Mons. Mâncio Ribeiro
Fiquei muito honrado com as mensagens de incentivo e congratulações que recebi pela publicação na Revista de História da Biblioteca Nacional acerca do estado em que se encontra o lindo prédio da Escola Estadual Monsenhor Mâncio Ribeiro, de Bragança/PA, na Seção Patrimônio
Leia você. Obrigado aos meus colegas de Universidade, Roseane Lima pela parceria no Curso de História da UFPA, Letícia Pantoja pelo brilhantismo do trabalho no Curso de Pedagogia da UFPA e ao Prof. Dr. Geraldo Mártires Coelho, por todo o insigne trabalho em contar a História de nossa terra.
1. Da Prof.ª M.Sc. Maria Roseane Corrêa Pinto Lima
Terça-feira, 20 de julho de 2010 23:21:49
Dário,
Parabéns. Vou dar uma lida.
Abraços,
Maria Roseane Corrêa Pinto Lima
2. Do Prof. Dr. Geraldo Mártires Coelho (UFPA Belém)
Quarta-feira, 21 de julho de 2010 12:07:43
Oi, Dário
Parabéns pela iniciativa. No Brasil, lamentavelmente, o poder público, no geral, não está nem aí para o patrimônio cultural, e nós, os ditos cidadãos, não assumimos posição alguma no sentido da defesa desse mesmo patrimônio. Dessa forma, meu caro, você fez o que devia ser feito. E eu, bragantino de origem (família Mártires), agradeço-lhe ainda mais.
Abraços
Geraldo
3. Da Prof.ª M.Sc. Letícia Souto Pantoja (UFPA Bragança)
Quarta-feira, 21 de julho de 2010 2:52:27
Caro Colega,
Importantíssima sua contribuição.
Parabéns pela mobilização e por sua postura comprometida com a preservação da história local, a qual, é indissociável da história de todos nós, quer sejamos bragantinos de nascimento ou por "adesão".
Abraços,
Letícia Pantoja
Resultado, agradecimentos e imagens da Palestra A Herança Colonial de 24.07.2010
Livro "Encanto e Desencantos" sobre a política e Augusto Corrêa é lançado hoje

sexta-feira, 23 de julho de 2010
37 anos sem Bolívar Bordallo da Silva e Entrevista com a Prof.ª Mariana Bordallo da Silva
Entrevista com a Prof.ª Esp. Mariana Thereza Athayde Bordallo da Silva, de 23 de julho de 2010, nos 37 anos de falecimento de Bolívar Bordallo da Silva
Introdução. Hoje é aniversário de morte do Prof. Bolívar Bordallo da Silva, falecido em 23 de julho de 1973,
Prof. Dário: Hoje é uma data
Prof.ª Mariana: O Bolívar, quando ele morreu eu tinha 16 anos. Então, eu convivi bastante com ele, mas ao mesmo tempo a minha visão dele era uma visão de criança, de jovem, porque ele morava ao lado de casa. E eu convivia bastante com eles todos. Todo dia eu estava lá. Eu ia brincar com os alunos da escola, quando eu era pequena eu ia brincar com as crianças da escola, que eram da minha idade. E assim, apesar de algumas pessoas da família dizerem que o Vavá (apelido familiar de Bolívar Bordallo da Silva) era ranheta, eu não consigo me lembrar dele assim. Ele era um tio muito carinhoso. Com todos os sobrinhos ele era assim. Eles todos eram muito sérios. Mas isso não quer dizer que eles não tivessem momentos de relaxamento. Mas do Vavá, que eu me lembro bem dele, que ficou muito marcado pra mim, era aquele cuidado quando das vezes que ia almoçar lá, ele é que ia preparar o meu prato, ele era que cortava aquela comidinha, com uma paciência, bem miudinho. A outra coisa era, quando eu me machucava, por exemplo, com algum machucado, quem fazia os curativos era sempre o Vavá, que fazia os curativos sem doer.
Prof. Dário: Mesmo o seu pai sendo médico? E o Bolívar?
Prof.ª Mariana: O papai (Armando Bordallo da Silva)... risos. Eu tinha pavor do papai... ele tinha a mão pesada na hora de fazer os curativos. Esses momentos, realmente, do tio, esses momentos ficaram para mim com saudade, pelas coisas que ele contava, ele tinha umas coisas muito interessantes, por exemplo, quando ele estava sentado à mesa, esperando servir a mesa, ele tinha mania de ficar batucando os dedinhos em cima da mesa, batendo. Ele era uma pessoa muito sonora, muito musical. Ele tinha uma frase que eu achava muito engraçada, como “all right... good morning... com batatas” que não queria dizer absolutamente nada, que ele dizia com ritmo, mas ele repetia aquilo por causa do som, porque gostava da sonoridade. Outra frase, tipo “meio-dia, panela no fogo, barriga vazia, deu um sopapo na velha Maria”. Isso era a cara dele. Ele gostava dessas coisas ritmadas. Para mim, isso ficou dele. Uma coisa que não era tão simpático, mas que é até engraçado, que ele implicava com o pessoal da televisão... (risos)
Prof. Dário: Ele falava com a televisão?
Prof.ª Mariana: Era muito engraçado... a gente lembra lá
Prof. Dário: Sendo sobrinha, você fez uma biografia do Bolívar, quer dizer, já não somente a “suspeita sobrinha”, mas também biógrafa. Da vida dele o que é mais importante para você enquanto profissional?
Prof.ª Mariana: A Educação. Eu diria que para os três (referindo aos irmãos Armando, Almira e Bolívar Bordallo da Silva, todos professores), o centro da vida deles era a Educação. Eu sou professora também, é quase um carma. Por exemplo, essa questão dele ficar corrigindo, reclamando, exatamente devido a essa preocupação que ele tinha, ele achava um absurdo na televisão o falar errado, porque estaria ensinando errado, de uma forma errada às pessoas.
Prof. Dário: A Educação para ele e para os irmãos?
Prof.ª Mariana: Eu acho que para os três, eu posso te dizer com certeza... não foi só o Armando, não foi só o Bolívar, mas a Almira também. Apesar da Miminha (apelido familiar de sua tia Almira Bordallo da Silva) não ter feito um curso de nível superior, ela era uma autodidata. E era também uma mulher muito inteligente, muito culta. Ela tinha todos aqueles Piaget (referindo-se às de Jean Piaget) da vida, uma coleção completa de Piaget. Em 1950, ela já trabalhava com uma temática moderna para teres uma ideia. Aqueles conjuntos, que hoje em dia se trabalha, que é uma coisa relativamente recente, de coleções sobre educação infantil e básica, ela já trabalhava naquela época. Ela era completamente voltada para a Educação. Ela era professora. Ela criou uma escola. Nessa escola, pessoas de grande destaque em Belém estudaram na escola dela (citou vários nomes de pessoas influentes de famílias da capital do Estado). Ela foi uma educadora. A vida dela foi dedicada a isso. A vida deles foi voltada para a Educação.
Prof. Dário: E a influência deles todos foi voltada à Educação?
Prof.ª Mariana: A vida dele também. Ele (Bolívar) criou o primeiro ginásio noturno em Belém, juntamente com o Luiz Paulino (referindo à Luiz Paulino dos Santos Mártyres). E ele realmente só parou porque ele teve aquele problema de locomoção. E naquela época a pessoa quando tinha um problema de saúde qualquer, de paralisia, essas coisas, ela ficava praticamente inútil. Não é como hoje, que as pessoas com deficiência tem um estímulo para produzir. Não sei te dizer exatamente o que ele teve. E foi assim rápido.
Prof. Dário: Ele teve um problema degenerativo de locomoção? E com esse problema?
Prof.ª Mariana: Até então, até
Prof. Dário: Ele era relativamente novo?
Prof.ª Mariana: Ele morreu com 66 anos. Novo, com certeza.
Prof. Dário: Orgulho profissional e familiar juntos, em seu caso?
Prof.ª Mariana: Com certeza. Para mim, era um tio querido, familiarmente. Foi uma pessoa importante na minha infância. E no lado profissional, muito orgulho, pela dignidade dele, por esse amor que ele teve não só pela Educação, primeiramente, mas era uma pessoa muito correta, muito ético. Isso me marcou muito. Uma pessoa muito digna em tudo o que ele fazia e eu acho que esse interesse que ele tinha além da Educação, o interesse que ele tinha pelas questões culturais, o amor que eles (os irmãos) tinham por Bragança, mais o papai e o Vavá. A Miminha nem tanto, que se tornou mais urbana, mais belenense. Ela se transferiu, não é bem o termo, ela gostava de Bragança mas se dedicou mais a Belém, às questões de Belém, porque ela tinha uma visão mais universal, mas cosmopolita.
Prof. Dário: Você acha que Bragança recorda e trata com carinho a memória dessas pessoas hoje?
Prof.ª Mariana: Hoje, eu acho que sim. Houve um reconhecimento de toda a dedicação que eles tiveram. Tanto o papai quanto o Bolívar. O Bolívar talvez um pouco menos devido à doença. Mas o que o papai podia fazer, mesmo conversando à mesa, ninguém podia falar alguma coisa que ele dava um jeito de “puxar a brasa” para Bragança.
Prof. Dário: De dez palavras, onze eram sobre Bragança?
Prof.ª Mariana: De dez palavras, onze eram sobre Bragança. Exatamente. Os meus irmãos “encarnavam”. Por exemplo, a viagem para Bragança, vamos dizer, se era às seis, sete horas da manhã, às três horas ele já estava acordado arrumando tudo para viajar para Bragança. A ansiedade dele de vir para Bragança. Bragança era o lugar mais bonito, era o lugar mais lindo, era o melhor lugar do mundo, era o paraíso na Terra para ele. Bragança... nada substituía Bragança.
Prof. Dário: O que você acha que a comunidade estudantil precisa aprender o que com Bolívar Bordallo?
Prof.ª Mariana: Tanto com o Bolívar como com o Armando. Eu acho que eles, se eles tivessem, lá do paraíso, de Bragança celeste onde eles estão, principalmente, eles gostariam que a juventude hoje pudesse aprender os valores morais, a ética, a honestidade, a moralidade, a dignidade, o apego à família... eles eram muito chegados à essa questão familiar, o respeito pela natureza, que todos hoje, tanto o papai quanto o Bolívar eles zelavam muito por essa questão da natureza, e numa época que ainda não se dava tanta importância para a natureza. E buscar sempre o crescimento através da Educação. Porque eles acreditavam muito na Educação, como meio de evolução moral, de evolução econômica, de evolução como cidade, como povo, social, cultural, como um todo.
Prof. Dário: Armando Bordallo em uma palavra?
Prof.ª Mariana: Coração (Mariana se emociona).
Prof. Dário: Bolívar Bordallo em uma palavra?
Prof.ª Mariana: Carinho.
Prof. Dário: Almira Bordallo em uma palavra?
Prof.ª Mariana: Educação.
Prof. Dário: Fecham um ciclo os três?
Prof.ª Mariana: Com certeza. O papai era de um coração. Pergunta para as minhas tias. O que tu perguntares à família da mamãe (referindo à sua mãe, Marilda Athayde Bordallo da Silva), todas as irmãs da mamãe, todas, eram apaixonadas pelo papai, porque ele era o pai de todas elas. Ele tinha um carinho por todas elas. Uma coisa que era muito forte também no papai era o respeito. Ele tinha um respeito muito grande pelas pessoas. De um modo geral. Não importava se era o Presidente da República, se era o varredor de rua...
Prof. Dário: Mensagem para Bragança nesse dia de tanta lembrança, de 37 anos sem Bolívar Bordallo da Silva?
Prof.ª Mariana: Falando pelo Bolívar, a minha mensagem para Bragança é olhar mais para a vida do Bolívar e procurem imitar o exemplo que ele deixou como cidadão, como pessoa, como estudioso, a dedicação que ele teve, o amor pela Educação. De tudo o aquilo que ele acreditava que a Educação poderia trazer ao ser humano de bom. Talvez fosse essa a mensagem que ele gostaria de passar hoje, falando um pouco por ele.
Prof. Dário: Você tem um projeto para a publicação das obras inéditas do Bolívar Bordallo da Silva?
Prof.ª Mariana: É um projeto em andamento apenas. O livro (referindo-se à obra inédita Cronologia Bragantina 1500-1954) foi digitado. Quando eu encontrei esse livro, que eu olhei, apesar de eu não ter na época muita noção do que era tudo aquilo, eu senti e tive uma intuição de que realmente era uma coisa importante. Só aos poucos pelo que eu fui lendo, eu fui entendendo o que era aquilo. E principalmente, aquilo que eu já te falei, e é uma verdade. Depois que eu li esse livro – eu digitei, fui lendo conforme eu ia digitando – eu senti como se eu estivesse conhecendo um pouco mais o meu pai, um pouco mais o Bolívar, e principalmente, eu passei a entender esse amor que eles tinham por Bragança.
Prof. Dário: Então a Cronologia Bragantina é uma janela para ver a Bragança do passado?
Prof.ª Mariana: Exatamente. Uma porta pro passado de Bragança. E eu acho até que para as pessoas, como aconteceu comigo, acredito que sim. É uma forma de entender um pouco o que foi Bragança durante todo esse período, porque a partir de 1960 houve uma modificação muito grande, mas toda a importância que Bragança já teve dentro do Estado, na história da região, enfim, tudo aquilo que já representou. Eu não tinha ideia do que era, apesar de ser filha do Armando, de vir todas as férias à Bragança, de ter minha família aqui, ser neta do Major Benedito Cardoso de Athayde, eu não conhecia Bragança. Eu passei a ver Bragança de uma outra forma. Por isso que eu acho que seria importante. Tem muitos fatos. Mas fora isso, as coisas importantes são as observações que ele faz sobre fatos da cidade, com certo caráter de crônica social, de coisas e pessoas que a gente não tinha nem noção. E é como eu te falei. Cada uma das famílias de Bragança, principalmente as que já vivem aqui há mais tempo, que já tem uma história dentro da cidade, elas vão se reconhecer no livro. Eu mesmo descobri coisas nesse livro, como o nome de meu avô. Esse livro é muito importante para Bragança e para todos nós.
Obrigado Prof.ª Mariana Bordallo pela sua entrevista.