quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Em 25 de agosto de 1883, nascia em Bragança Luiz Paulino dos Santos Mártyres


Luiz Paulino dos Santos Mártyres nasceu no dia 25 de agosto de 1883, em Bragança, filho de José Paulino dos Santos Mártyres, vindo de Ourém/PA no final do século XIX, e de Rosa Martins Mártyres, de Bragança.
Nesse casamento, tiveram outros 10 filhos. Dona Rosa faleceu em 1887, quando Luiz Paulino tinha quatro anos. No segundo matrimônio, com Feliciana Alves Garcia, teve ainda quatro filhos.
O pai de Luiz Paulino também exerceu a função de professor, sendo conhecido por seu espírito alegre e jovial. Faleceu em Bragança, aos 88 anos de idade, em 25 de outubro de 1930.
Luiz Paulino era muito amigo de outro ilustre bragantino, o Prof. Bolívar Bordallo da Silva, e juntamente com ele e seu irmão, o Dr. Armando Bordallo da Silva, fundaram em Belém, no dia 19 de março de 1933, o Grêmio Bragantino, uma espécie de associação representativa dos bragantinos na capital do Estado.
Assumiu a Prefeitura Municipal de Bragança em 05 de julho de 1935, nomeado pelo Governador do Estado, José Carneiro da Gama Malcher, exercendo a função até 18 de janeiro de 1936.
Organizou o Campo de Aviação Santos Dumont em terreno doado pelo Cel. Aluízio Ferreira, filho do ex-Prefeito Nazeazeno Ferreira. Iniciou os trabalhos de calçamento das ruas, travessas e praças de Bragança.
Foi representante da Cruzada Nacional de Educação e, em 1941, segundo folheto do acervo da família Bordallo da Silva, organizou um Festival Cinematográfico no Cine Popular, vendendo ingressos para manter as Escolas da Cruzada Nacional em Belém, evento patrocinado pelo então Prefeito da capital Sr. Abelardo Conduru.
Nesse mesmo ano, enviou Carta ao Presidente da República Getúlio Vargas para fundar em Bragança uma escola voltada aos filhos de agricultores da região, sendo atendido anos mais tarde, com a criação do “Colégio José Paulino dos Santos Mártires” no Chumucuí.
Entre as atividades do Grêmio Bragantino, uma campanha chama a atenção pela relevância ambiental: uma campanha em defesa do meio ambiente, com a distribuição de panfletos educativos sobre a preservação das áreas de manguezal em Bragança.
Casou-se com Otília Barreto Ferreira Mártires, com quem teve apenas um filho, o Sr. Luiz Trajano Ferreira dos Santos Mártires, que foi morar nos Estados Unidos e lá faleceu em 2001, segundo relatos orais.
Envolveu-se no processo judicial entre a então Prelazia do Guamá (hoje Diocese de Bragança) e a extinta Irmandade do Glorioso São Benedito, onde contestava o Bispo D. Eliseu Maria Coroli, protestando contra o Vigário Pe. Expedito Maria Machado, em reuniões entre 1953 e 1955. Por causa disso, deixou Bragança e foi nomeado Cônsul do Paraguai na cidade de Manaus, capital do Amazonas.
Luiz Paulino Mártires é lembrado pelos seus familiares como homem de grande humor e exímio contador de anedotas. Morava com os irmãos Santinha, Leonardo, Firmo e suas sobrinhas Alice, Ângela e Iáiá (filhas de sua irmã Clemência), no prédio onde funcionava a sua escola, o “Colégio Pará-Amazonas”, na Avenida 16 de novembro, em Belém, onde faleceu na década de 1960.
Com um grupo de amigos, entre eles seu irmão e historiador Bolívar Bordallo da Silva e Luiz Paulino dos Santos Mártires, que viria a se tornar prefeito em Bragança, fundam o Grêmio Estudantino. Nas diversas atividades que realizaram, uma delas se refere à carta enviada pelo grêmio ao Presidente da República solicitando a implantação de uma escola para filhos de agricultores, o que foi atendido anos mais tarde
A atuação desse grupo ao qual Armando Bordallo fazia parte rendeu-lhes, inclusive a presidência da Campanha Nacional de Educação em Belém, exercida pelo companheiro Luiz Paulino Mártires.
Em seus trabalhos, um especial chama atenção pela atualidade: uma campanha em defesa do meio ambiente, com a distribuição de panfletos educativos sobre a preservação e conservação das áreas de manguezal em Bragança. Como fundador da Comissão Paraense de Folclore, em 1949, já era possuidor de um vasto conhecimento na área, posto que suas pesquisas foram concretizadas em Bragança, pela riqueza do que podia ser registrado para a posteridade, uma preocupação constante em seus escritos.

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