UFPA: 55 anos de evolução e integração na Amazônia
Grande em área, em número de alunos
e em relevância no cenário da educação na Amazônia. Neste 2 de julho de 2012, a
Universidade Federal do Pará completa 55 anos de existência, como a maior
instituição de ensino superior da Região Norte, com mais de 35 mil alunos
entre os 513 cursos de graduação e 45 programas de pós-graduação, além de cerca
de 5 mil professores e técnico-administrativos. Hoje, a UFPA é uma marca de
excelência na formação de pessoas e na produção de conhecimento.
Para o reitor da UFPA, Carlos
Maneschy, o aniversário da Instituição é motivo de celebração para toda a
sociedade paraense, porque “são 55 anos de transformação social da região,
modificando vidas para melhor. Nesse tempo, a UFPA, verdadeiramente, tornou-se
protagonista do desenvolvimento regional por todos os indicadores que possamos
considerar”, assegura o reitor, que cita o aumento na oferta de cursos de
graduação e de pós-graduação, as ações de extensão que têm impacto social muito
relevante e os esforços na inserção da Universidade no cenário internacional.
Nos vários departamentos e nas
faculdades espalhados pela Cidade Universitária Professor José da Silveira
Netto, muita coisa mudou. Para Ana Tancredi, professora da Instituição desde
1977 e atual diretora do Instituto de Ciências da Educação (ICED), a chave para
o crescimento da Universidade está na organização. “Funcionamos como um
organismo, no qual todas as instâncias administrativas trabalham juntas em prol
do desenvolvimento da região.”
Segunda casa – Após 46 anos de dedicação à UFPA, a
servidora Nazaré Cardoso acompanhou, de perto, a evolução da
Universidade e afirma que ainda há muito pela frente. “Nós crescemos em
ensino, pesquisa e administração, em todas as áreas, tanto na capital quanto no
interior, e isso é motivo de orgulho para mim, pois trabalho em uma instituição
forte e reconhecida”, diz Nazaré sobre a UFPA, seu primeiro emprego.
Há 41 anos, o servidor Antônio Souza
se orgulha de fazer parte da Instituição, onde conquistou amigos e novos
conhecimentos. “Aqui, eu fiz vários cursos de atualização e, mesmo depois de
aposentado, ainda estou trabalhando como voluntário na UFPA, um lugar que eu vi
crescer, e o qual considero minha segunda casa”.
Evolução e interiorização – Desde o decreto sancionado
pelo então Presidente da República Juscelino Kubistchek, em 1957, a UFPA
cresceu, evoluiu. Hoje, os cursos dividem-se em 13 institutos. O mais novo
deles, o Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI), surgiu em 2009.
O professor Adilson do Espírito
Santo, diretor do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI), desde
1976, é docente da Instituição. Na sua opinião, a formação de doutores está
entre as principais evoluções, nos últimos anos. “Hoje, nós temos mais de mil
doutores na UFPA, e isso nos torna referência na pós-graduação e valoriza nosso
ensino.”
Multicampi - Outro ponto destacado pelo professor Adilson é a
interiorização da Universidade. Além da capital, mais dez municípios possuem
campus da UFPA: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Capanema,
Castanhal, Marabá, Soure e Tucuruí.
Para a professora Edilza Fontes, do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e organizadora do livro UFPA 50 ANOS: Histórias e Memórias,
lançado em 2007, a Instituição aproximou os moradores do interior do Estado,
por meio do conhecimento. “A partir de 1986, a UFPA ousou sair dos limites de
Belém, buscou se ramificar no sentido de integrar um Estado imenso e se
legitimar como a Universidade Federal do Pará”.
De dentro para fora – Edilza Fontes afirma que um
dos principais fatores que levaram a UFPA ao nível de excelência em que se
encontra hoje é a profunda valorização dos saberes locais e do conhecimento
produzido na Amazônia, por meio de pesquisas pioneiras. “Desse modo,
respeitando-a e produzindo sobre a Amazônia na Amazônia, nós pudemos, ao
longo do tempo, nos tornar a referência que hoje somos no Brasil e no mundo”,
ratifica.
Presente e futuro – Para Ana Tancredi, o futuro
da UFPA se resume em uma frase: “Crescer e fazer crescer a Amazônia”. Nas
palavras do reitor, a UFPA tem papel estratégico no desenvolvimento da
Amazônia, "desde a assistência à saúde até o desenvolvimento de modelos e
produtos da mais alta tecnologia, a Universidade atua em todo esse espectro
como nenhuma outra instituição na região. A associação e a conjugação de
esforços visam fazer com que a Amazônia possa ser inserida com destaque no
desenvolvimento nacional.”
Texto: Gustavo Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
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