Museu de
Israel isenta Papa Pio XII de culpa
O jornal Folha de São Paulo, em 02/12/2011, noticiou que
o Museu do Holocausto, em Jerusalém, retirou do
texto em exposição permanente a parte que dizia que o papa Pio 12 não fizera
nada pelo judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O museu instalou novo painel,
que acrescenta argumentos dos defensores do pontífice. O museu negou que
houvesse pressão da Santa Sé para alterar o texto.
O Papa Pio XII era questionado por
não ter assinado, em 1942, declaração dos Aliados que condenava o extermínio
dos judeus. Está mais do que provado que o Papa Pio XII agiu de maneira correta
na guerra de Hitler contra os judeus e salvou cerca de 800 mil judeus de serem
mortos. Muitos líderes judeus o defenderam das acusações levianas contra ele.
Vejamos alguns exemplos:
O site forumlibertas.com, publicou
em 16/4/ 2007, declarações 13 grandes líderes judeus em defesa do Papa Pio XII,
acusado injustamente por muitos de ter sido omisso na defesa dos judeus diante
de Hitler. Na verdade a Igreja, por orientação do Papa, agindo de maneira
diplomática, conseguiu salvar cerca de 800 mil judeus de serem mortos pelos
nazistas.
Segundo a fonte citada, essas
declarações desmentem esta calúnia que foi fortemente propagada pelos
adversários da Igreja católica. Elas começaram com a propaganda comunista nos
anos 60 e se transmitiram pela "nova esquerda" por toda a Europa ,
junto com a obra financiada pela União Soviética "O Vigário", de
Huchhoth. Nela se baseia o filme "Amém", de Costa-Gavras.
As declarações a seguir (tradução
nossa para o português), são testemunhos desde 1940, desde Einstein até os
grandes rabinos de Bucarest, Palestina e Roma. Os historiadores judeus afirmam
que Pio XII salvou a vida de muitos judeus. As declarações dos líderes judeus:
1 -
Albert Einstein - "Quando aconteceu a revolução
na Alemanha, olhei com confiança as universidades, pois sabia que sempre se
orgulharam de sua devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram
amordaçadas. Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam
seu amor pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também
eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja
permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que
pretendiam suprimir a verdade. Antes eu nunca havia experimentado um interesse
particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração,
porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a
verdade intelectual e a liberdade moral." (Albert Einstein, judeu alemão,
Prêmio Nobel de Física, na Revista norte-americana TIME, em 23 de
dezembro de 1940. Einstein teve que fugir da Alemanha nazista e foi acolhido
nos EUA na universidade de Princeton).
2 -
Isaac Herzog - "O povo de Israel nunca se
esquecerá o que Sua Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados
pelos princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da
civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs
nesta hora , a mais trágica de nossa história, que é a prova viva da divina
Providência neste mundo." (Isaac Herzog, Gran Rabino da Palestina,
em 28 de fevereiro de 1944; "Actes et documents du Saint Siege
relatifs a la Seconde Guerre Mondiale", X, p. 292.).
3 -
Alexander Shafran - "Não é fácil para nós encontrar as
palavras adequadas para expressar o calor e consolo que experimentamos pela
preocupação do Sumo Pontífice (Pio XII), que ofereceu uma grande soma para
aliviar os sofrimentos dos judeus deportados; os judeus da Romênia nunca esqueceremos
estes fatos de importância histórica." (Alexander Shafran, Gran
Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944; "Actes et documents du
Saint Siege relatifs a la Seconde Guerre Mondiale", X, p. 291-292).
4 -
Juez Joseph Proskauer - "Temos ouvido em muitas
partes que o Santo Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na
Itália, e sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu
suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria". (Juez
Joseph Proskauer, presidente do "American Jewish Committee", na
Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944 em Nova York).
5 -
Giuseppe Nathan - "Dirigimos uma reverente
homenagem de reconhecimento ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e
religiosas que puseram em prática as diretrizes do Santo Padre, somente
viram nos perseguidos a irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma
inteligente e eficaz para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a
que se expunham." (Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades
Israelitas Italianas, 07-09-1945).
6 -
A. Leo Kubowitzki - "Ao Santo Padre (Pio XII), em
nome da União das Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela
obra levada a cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa
durante a Guerra". (A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do
"World Jewish Congress" (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido
pelo Papa em 21-09-1945).
7 -
William Rosenwald - "Desejaria aproveitar
esta oportunidade para render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em
favor das vítimas da Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e
interveio a favor dos refugiados para aliviar sua carga". [(William
Rosenwald, presidente de "United Jewish Appeal for Refugees", 17 de
março de 1946, citado em 18 de março no "New York Times").
8 -
Eugenio Zolli - "Podem ser escritos volumes
sobre as multiformes obras de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura
caíram, todas e cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas,
oficinas administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma
sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor Angélico, Pio
XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se dirige. Ele mediu e
prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si mesmo o arauto da voz da
justiça e o defensor da verdadeira paz". (Eugenio Zolli, em seu livro
"Before the Dawn" (Antes da Aurora), 1954; seu nome original era
Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a Segunda Guerra Mundial; convertido
ao cristianismo em 1945, foi batizado como "Eugenio" em honra
de Eugenio Pacelli, Pío XII).
9 -
Golda Meir - "Choramos a um grande
servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio
se abateu sobre nosso povo". (Golda Meier, ministra do Exterior de Israel,
outubro de 1958, ao morrer Pio XII).
10 -
Pinchas E. Lapide - "Em um tempo em que a força
armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível
mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar
somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos
desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive
insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio. Palavras gritadas ou
atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que
poderia ser salvo." (Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de
Israel em Milão, em sua obra "Three Popes and Jews" (Três Papas e os
Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas
intervenções 850.000 vidas).
11 -
Sir Martin Gilbert - "O mesmo Papa foi denunciado
por Joseph Goebbels - ministro de Propaganda do governo nazista - por haver
tomado a defesa dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o
racismo. Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no
resgate das três quartas partes dos judeus de Roma". (Sir Martin
Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a Segunda
Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa "In
Depth", do canal de televisão C-Span).
12 -
Paolo Mieri - "O linchamento contra Pio
XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que
morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa
[Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus.
Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus
salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII
por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros
historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação
para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este
importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o
universo comunista de maneira dura, forte e decidida." (Paolo Mieri,
periodista judeu italiano, ex-diretor do "Corriere della Será",
apresentando o livro "Pio XII; Il Papa degli ebrei" (Pio XII; O Papa
dos hebreus), de Andrea Tornielli, a 6 de junho de 2001).
13 -
David G. Dalin - "Pio XII não foi o Papa de
Hitler, mas o defensor maior que já tiveram os judeus, e precisamente no
momento em que o necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a
quem há de reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de
judeus. É difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em
continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de
louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII permaneceu
durante muito tempo, e era genuína e profunda". (David G. Dalin, rabino de
Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália).
Prof. Felipe Aquino
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