O dia de homenagens ao Glorioso São Benedito em Bragança, Pará, foi marcado pela emoção e pelo sentimento de fé aliado a uma manifestação cultural característica e autóctone. 26 de dezembro em Bragança é feriado. Uma festa que marcou o ano de 2010 e que confirmou de forma inconteste (e para os muitos desavisados!) a poderosa e firme posição de São Benedito no coração do povo bragantino. Com vários eventos e de um jeito diferente e renovado, a festa foi conduzida por uma nova diretoria que alcançou alguns méritos neste ano.
O arraial e o camelódromo foi organizado na orla do rio Caeté, abaixo da Praça Fernando Guilhon e com acesso irrestrito, assim como o parque de diversões. A parte do largo de São Benedito, tanto em obras como o entorno da Igreja foi totalmente esvaziado de camelôs e outras vendas, subsistindo apenas os bares instalados.
A banda Cantídio Gouveia, "a Furiosa de Bragança", respeitando a memória e o passado (não usarei em algumas questões e eventos da festa o termo/conceito de tradição por um cuidado teórico), presenteou o público com belíssimas apresentações. No Salão Beneditino que está em construção, shows de artistas locais todas as noites com a participação tímida de bragantinos, mas que vai marcando o local como representativo. O público bragantino em geral (bem no geral mesmo) ainda não valoriza sua musicalidade. Isso precisa ser revertido na Educação, em geral (novamente).
Sobre a festividade, não irei fazer um balanço, mas aponto questões fundamentais para a informação dos leitores e amigos do blog, como:
a) A confecção de 10 (dez) novos estandartes e suportes em madeira doados por famílias devotas de São Benedito;
b) A reforma e reconstrução do Salão Beneditino, obra iniciada pelo Pe. Gerenaldo Messias (vigário geral) e que já conta com todos os doadores dos quadros de história de Bragança e de São Benedito, que eu contatei ao longo dos meses de outubro e novembro;
c) A ornamentação deixou a Igreja bonita e singela ao bom estilo beneditino;
d) O passeio, tráfego de veículo e pedestres, no entorno da Igreja precisa ser repensado, em prol de todo o evento;
e) Os artistas e artesãos deram um show à parte com todas as suas obras direcionando esforços e homenagens à cultura bragantina e à festa de São Benedito;
f) Os juízes Karlos Eduardo (Kadu) e Simone Tuma fizeram brilhar as suas devoções com almoços bastante concorridos por marujos, marujas e correligionários;
g) A melhora na aparência da cidade em questão de limpeza foi razoável;
h) As liturgias foram bem celebradas e animadas, com destaque ao som beneditino característico, cantores e instrumentistas, no coro da igreja como era antes;
i) A Marujada esteve bem representada por marujos/as de Bragança e os de outras cidades;
j) As bandeiras nas cores da Marujada voltaram a ser confeccionadas mas não estavam nos lugares planejados;
k) A participação do povo católico foi excelente;
l) A procissão foi uma das maiores dos últimos dez anos, pena que por falta de energia elétrica e não por falta de empenho, a sonorização ficou a desejar, pois não hove condições de teste em tempo;
m) A missa da chegada da procissão foi lindíssima em todos os pontos e o povo confirmou, como falei anteriormente, o amor e a devoção por São Benedito, marujo de fé, que abeçoou mais uma vez a nossa cidade.
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