domingo, 19 de dezembro de 2010

19 de dezembro: São Dário (Igreja Católica)

Não por acaso, resolvi publicar um pequeno resumo da vida deste santo, São Dário, que é celebrado no dia 19 de dezembro.

São Dário era um padre e ministrava os sacramentos ao cristãos condenados nas minas durante as perseguições do imperador Maximus. Eventualmente foi descoberto e preso junto com Zózimus e Secundus. Foi torturado para renegar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Como recusasse foi martirizado em Nicae, (hoje Iznik), na Turquia. Diz a tradição que seu corpo quase morto foi jogado as feras famintas mas os tigres milagrosamente deitaram aos seus pés. O pro-Cônsul encarregado do martírio, furioso ordenou que fosse decapitado. Euzebius, historiador contemporâneo, conta que inúmeros foram convertidos ao cristianismo diante de tal acontecimento.

A tortura era feita para que o cristão concordasse em renegar publicamente a sua fé e a oferecer sacrifícios aos deuses romanos e às vezes eram feitas as escondidas em calabouços. Em geral as torturas eram suplícios terríveis, mas feitas de modo a não matar o torturado, e se ele cedesse era libertado e retornava para casa.

O martírio era um castigo, uma condenação, com sentença proferida pelo magistrado encarregado do julgamento, e se dava em público, brutalmente, feito para matar e em geral terminava com os condenados sendo queimados, ou esquartejados, desmembrados ou atirados as feras. Antes, o condenado sofria açoites com vários tipos de varas e chicotes, alguns feitos com finos galhos de arbustos com espinhos, que cortavam a carne sem sangrar, arrancavam pedaços dos seios e a pele da planta dos pés, prolongavam o sofrimento, tudo isto para deleite da multidão.

Em alguns casos, quando o condenado era figura importante ou soldado, tinham o privilégio de morrer degolado pela espada ou machado. O martírio era documentado nos chamado Atos de Martírio e eram publicados na cidade onde ele ocorria, e arquivados na biblioteca em Roma.

Conforme historiadores da época, os condenados comuns esperneavam, gritavam, berravam, prometendo tudo para parar o sofrimento, mas os santos, com uma fé inabalável, apenas oravam ou cantavam hinos de louvor a Deus, piedosamente aguardando seu encontro com Jesus. Segundo os martirologistas, somente uma pessoa santa e fé inabalável, poderia resistir ao martírio. Por esta razão os mártires dessa época com Atos de Martírio autênticos, são considerados santos sem passar todo o longo processo de beatificação e canonização.

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