Coreto Pavilhão Senador Antônio Lemos: 100 anos

Coreto Pavilhão Senador Antônio Lemos, na atual Praça Antônio Pereira, erguido no início do século XX, comprado pelo Intendente Major Simpliciano Fernandes de Medeiros e inaugurado em 17 de dezembro de 1910, pelo Major Antônio da Costa Rodrigues, Intendente de Bragança de 1909 a 1912. Encontra-se numerado e reconhecido sob o lote n.º 0064 do Cadastro Imobiliário Municipal, com as seguintes medições:

- Área total do lote: 7.080 m².

- Área construída no lote: 38,4 m².

Tem uma relação direta com o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, por ser um monumento construído em 1910 influenciado pelas diretrizes de urbanização aos mesmos moldes de Belém na administração de Antônio Lemos. Foi um momento em que o ferro e a metalurgia passaram a compor de maneira especial a paisagem urbana das cidades. E seus elementos decorativos de coretos tinham como principais modelos os coretos da Grã-Bretanha, França, Bélgica e Alemanha.

Nesse período de auge da economia da borracha (hevea braziliensis) na Amazônia e de grande movimentação econômica entre a capital e as cidades que diretamente foram influenciadas pelo ideal de progresso do século XIX, peças como este coreto foi adquirido da Europa e sua estrutura foi transportada até Bragança pelo trem da extinta Estrada de Ferro de Bragança. O principal fornecedor de peças em ferro fundido para a Amazônia (e para o Brasil, consequentemente) foi a fundição Saracen Foundry, de Glasgow, na Escócia, pertencente à firma Walter Macfarlane & Co (Companhia).

Esse patrimônio, englobando a Praça Antônio Pereira (antiga Praça Marechal Deodoro e antigo Paço Municipal) e o prédio do Palacete Augusto Corrêa, forma um conjunto patrimonial da memória republicana da cidade, além de ser local de apresentações teatrais e culturais que ocorrem no seu entorno, como eventos natalinos e em comemoração à Festividade de São Benedito. Apresenta estado razoável de preservação, necessitando de reparo em sua estrutura em madeira e na parte metálica do coreto, como a restauração de adornos e de sua cúpula. Foi tombado ao Patrimônio Histórico Municipal pelo Decreto 010/08 de 15 de janeiro de 2008 (Art. 1º, Item IV).