POEMA TRISTE
Só,
no meio da solidão
Sem
vida, sem amor, sem destino.
Só.
A natureza é uma página colorida
com as letras verdes das arvores
em oscilação.
A quietude é imensa!
Tudo deserto, a paz do sonho
sem a agitação de uma sombra.
Só e tristonho
sem o alívio de uma voz
no amargor da renúncia
nesta renúncia atroz!
E nesta paz eu senti
que esta solidão
vive cheia
toda cheia assim
de ti.
Jorge Ramos, Setembro de 1950.
Fonte: RAMOS, Jorge Daniel de Souza
(1927-1981). Toda a poesia de Jorge Ramos. Organização de Celso Luiz Ramos de
Medeiros. Brasília: C.L.R. de Medeiros, 2010. p. 157. Foto: Acervo pessoal.
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