quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Reunião discute proposta de nova Universidade Federal no Nordeste do Estado do Pará

Reunidos ontem (14.09.2011) no Auditório Maria Lúcia Medeiros (UFPA Bragança), gestores/as, professores/as e pesquisadores/as da Universidade Federal do Pará, discutiram a proposta de criação de uma nova universidade federal no Nordeste do Pará.

Dentre os principais assuntos discutidos e analisados, foram apresentadas as assimetrias entre as dimensões do Ensino Superior na região Norte se comparada às regiões mais privilegiadas do Brasil, assim como os desafios urgentes a serem enfrentados pelas instâncias federais (Governo Federal, MEC) para a ampliação da oferta de novas universidades e institutos federais para otimizar os serviços públicos ligados à Educação e ao fortalecimento da universidade pública.

Sabe-se, de antemão, que a criação de universidades e institutos federais é uma prerrogativa legal do Poder Executivo (Presidente/a da República), mas que é necessário o apoio de todos os agentes políticos, setores públicos e pessoas interessadas na proposta.

A criação de uma nova universidade federal, que poderia ser, hipoteticamente, a Universidade Federal do Nordeste do Pará (UFNEPA), abrangiria toda a região bragantina, incluindo a região do Guamá, do Salgado e parte da região tocantina, não somente pela densidade populacional, mas pela própria evolução da oferta de Ensino Superior e pelos resultados até agora alcançados das expansões realizadas pelo Governo Federal, através da Universidade Federal do Pará, como o REUNI (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que ampliou a oferta de cursos, vagas e docentes de Ensino Superior na região.

O Campus Universitário de Bragança, por exemplo, ofertará só em 2012 um número de 510 (quinhentos e dez) vagas em diversos cursos no PSS 2012, ditribuídos entre Bragança e Capanema, com uma grande diversificação, o que incluirá para o próximo ano os cursos de Administração (40), Ciências Contábeis (50), Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens (30) e Turismo (50), o que ajudará sobremaneira na formação de novos trabalhadores desses setores produtivos e na formação de professores. Tudo isso somado à oferta já consolidada, nos cursos de Pedagogia (80), Letras - Língua Portuguesa (40), Letras - Língua Inglesa (40), Ciências Naturais (40), Ciências Biológicas (40), Engenharia de Pesca (30), História (40) e Matemática (40).

Quadro de Oferta de Vagas - Campus UFPA Bragança - PSS 2012. Fonte: UFPA

A partir dessa reunião serão estudadas as peculiaridades para a construção do projeto da nova universidade, por meio da caracterização da área de influência dessa universidade, seus aspectos sociais, econômicos, históricos, a infraestrutura e índices de Educação e de Desenvolvimento Humano, assim como os principais cenários e tendências para a região Nordeste do Pará, os desafios de sua implantação, a ampliação de cursos superiores e a necessidade de novos espaços físicos para abrigar administração, docentes, funcionários e, principalmente, discentes nesse projeto, com a proposição da construção de prédios, salas de aula e espaços pedagógicos e laboratoriais.

Note-se que a oferta de vagas de Ensino Superior é bem maior do que anos anteriores, passando por elevação, estagnação e consolidação, para atender às metas educacionais exigidas pelo Ministério da Educação.

Quadro de oferta de vagas no Ensino Superior, UFPA Campus de Bragança (2006-2012). Fonte: UFPA

A construção dessa proposta estará sendo desenvolvida a partir de outubro, quando outra reunião avaliará os cenários e as proposições construídas por diversos/as professores/as que se colocaram à disposição para ajudar. Uma sensibilização do Poder Público (Executivo e Legislativo), incluindo as representações da região no Legislativo Estadual e Federal serão feitas em outras reuniões, para que o projeto possa tramitar e, numa perspectiva otimista, ser um dos maiores presentes dos 400 anos de Bragança (1613-2013) e da região Nordeste do Pará.

Várias ações, reuniões, estudos e a consulta à comunidade serão ainda realizados, num processo de construção e de instalação - caso aprovada pelo Governo Federal - que deverá durar de 03 (três) a 04 (quatro) anos e de consolidação em praticamente uma década.

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