por Ericka Pinto / março 2011
foto Fotos Eduardo Brandão
De acordo com Eduardo Brandão, a soma dos fatores naturais e antrópicos coloca em risco o futuro dessas praias. "A situação reflete dois fatores principais: por um lado, sabemos que as mudanças climáticas estão provocando a aceleração de algumas dinâmicas, tais como a ocupação das áreas de manguezal pelas areias das praias e o aumento da erosão. Por outro lado, a demanda apresentada para esses territórios vem agravando situações recorrentes em todas elas, como lixo, ocupações irregulares em área de risco, esgoto sem tratamento, conflitos fundiários, entre outros. Aliado a esses dois fatores, está a ineficácia da gestão pública", critica.
Em Algodoal, apesar da grande procura no período de férias escolares, ainda é possível observar maior conservação do ambiente natural. Eduardo Brandão, pesquisador do Laboratório de Avaliação e Medidas do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN/UFPA), pós-graduado em Gestão Pública e Governo, faz uma previsão nada otimista afirmando que, em pouco tempo, o cenário será igual ao dos outros lugares.
Ajuruteua, aos poucos, caminha para o mesmo processo. Quase toda a extensão da praia é ocupada por barracas e a estrada que dá acesso ao local provocou o desaparecimento de grande parte do mangue, uma vez que a pavimentação impediu que a água das marés chegasse ao manguezal na região, transformando parte dos bosques de mangue em um cemitério verde.
A diferença entre esses lugares ainda está no processo de ocupação urbana, alguns com maior intensidade. É o caso de Salinas, onde os efeitos da interferência humana já são visíveis, como construções irregulares de hotéis, residências de veraneio e barracas, além de calçamento e pavimentação inadequados.
As praias do litoral paraense são um grande atrativo para quem busca fugir do estresse da vida urbana. Bastam algumas horas de viagem para contemplar a natureza. O destino? Você escolhe. Mosqueiro, Salinas, Alter do Chão, Ajuruteua e Algodoal costumam estar entre as praias mais procuradas pelos paraenses e turistas do Brasil e do exterior.
É meu filho, colhemos o que plantamos, nossos netos que futuro teram.....................
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