segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Carnaval de Bragança já registra significativo número de mortos e feridos

Passei boa parte desta segunda-feira recebendo notícias e queixas sobre falecimentos, assassinatos e violência em Bragança no período das festas do Carnaval deste ano de 2011. A maioria envolve pessoas que de forma brutal tiveram as suas vidas ceifadas pelos confrontos entre facções criminosas - as famigeradas gangues - que "ressurgiram" com a mesma força com que foram debeladas há alguns anos. Não estou nem me referindo ao consumo público, venda e tráfico de drogas de todos os tipos em todos esses lugares.
Outros crimes se relacionam a estupros (um, inclusive, envolve menor de 02 anos de idade) que continuam a assustar e revoltar nossa comunidade, além dos abusos de volume de som por toda a cidade e comportamentos desrespeitosos com a vida dos que, como eu, pagam impostos e não gostariam de ser importunados. Não podemos ser reféns e/ou obrigados em nossas casas ou onde estivermos de ouvir o que não queremos. Ou somos?!
Repito o que disse no twitter numa conversa com ex-alunos ontem à noite: "Não sou contra o Carnaval, sou contra o mau gosto, a falta de bom senso, a falta de educação e a violência". Enquanto isso, famílias inteiras sofrem com a perda de seus entes queridos pela cidade afora. Ainda há pouco fui me solidarizar com várias pessoas, infelizmente. Sei que a Segurança Pública faz o que pode, pelo que lhes homenageio. Mas é preciso rever certos padrões do que chamam festas carnavalescas públicas ou particulares para garantir a cultura da vida e não de morte. Sofremos todos por conta disso. Certo?
Dá pra acreditar que as músicas da época momesca foram trocadas (e são tocadas) absurdamente por outros ritmos que não se encaixam nas tradições musicais carnavalescas?! E as antigas fantasias de Carnaval, viraram somente os abadás? Aguardo o Bloco um Milhão de Amigos e Urubu Cheiroso, além de outros, para recuperar essas tradições.
Dá pra acreditar que na ocasião das festas que deveriam servir para a alegria e o regozijo públicos (ou seja, de toda a comunidade) até mesmo com a maizena, com o mela-mela e com confete e serpentina proliferem-se as atitudes de violência, como o porte de armas brancas como facas, peixeiras, punhais e canivetes?! Vejam as letras das músicas de axé que estão sendo veiculadas em canal aberto como "hinos" do Carnaval baiano?! Já perceberam o apelo ao sexo sem controle e irresponsabilidade no consumo excessivo de bebida alcóolica?! Não tenho nada contra ninguém, de nenhum lugar. É o meu ponto de vista, equivocado ou não.
Dá pra acreditar que esse comportamento e cultura de violência desordenada e impune (é o que parece!) agora está sendo visto como coisa normal por boa parte das pessoas que torcem pelo sentimento de "quanto pior, melhor"?! Lanço meu apelo aos que, como eu e na minha pequenez, amam essa cidade. Vamos fazer um Carnaval de PAZ, de RESPONSABILIDADE, de BOM GOSTO e de BOM SENSO, ALEGRIA, FESTA e FELICIDADES e não de MORTE, como o que está em transcurso.
Dá pra acreditar que tem gente que comemora isso tudo?! Responda quem puder... Que Deus nos abençoe e nos garanta chegar com vida à Quarta-feira de Cinzas.

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