quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Campus de Bragança discute avanços da atividade pesqueira no Pará (do site da UFPA)



A vocação à pesca, na Região Norte, é indiscutível, já somos detentores de cinco cursos de Engenharia de Pesca (três no Pará; um em Rondônia; e um no Estado do Amazonas), o que denota a preocupação na formação de profissionais qualificados para atuar no setor pesqueiro, tendo como princípio a produção associada à sustentabilidade. Assim, muitos aspectos relacionados à atividade pesqueira na Amazônia vêm se modificando, e um desses aspectos é o investimento em pesquisa, inovação e tecnologia pesqueira, que foi o tema escolhido para nortear as discussões do V Seminário de Engenharia de Pesca e III Semana de Técnico em Pesca e Aquicultura do Pará (V SEPTA), que acontecerá entre os dias 27 e 30 de novembro, no Campus da Universidade Federal do Pará, em Bragança. As Inscrições podem ser feitas através da página oficial do evento, http://semanaengenhariadepesca2012.webnode.com/.
A submissão de trabalhos será até o dia 14 de setembro e pode ser feita também através do site.

Atividade de destaque na Região - “De fato, a Região Norte já vem recebendo maiores incentivos, principalmente, para a pesquisa pesqueira, se comparado às décadas anteriores”, afirma a diretora da Faculdade de Engenharia de Pesca, professora doutora Bianca Bentes. Para ela, apesar deste processo de desenvolvimento ainda ser incipiente, vários avanços já podem ser constatados. Muitos aspectos relacionados à tradição pesqueira e sustentabilidade, por exemplo, estão, atualmente, sendo discutidos no âmbito acadêmico, que também é peça chave no crescimento da atividade pesqueira na região.

Envolvimento – Bianca Bentes considera que, em Bragança, as discussões relacionadas à inovação e à integralização de todos os atores no ordenamento e ainda a coparticipação das comunidades na tomada de decisões têm mudado significativamente o cenário da produção e o manejo das atividades de pesca e aquicultura. “Percebemos um empenho maior das comunidades em relação à manutenção dos estoques e a não utilização de técnicas consideradas nocivas à vida aquática e também o questionamento das populações em relação à eficiência de algumas medidas de manejo”.
Por sua vez, os engenheiros de pesca que estão sendo formados pela UFPA, em sua maioria, estão atuando nas diferentes áreas que competem à formação deste profissional, preenchendo a necessidade da promoção da interação entre os diversos setores envolvidos com a atividade aquícola e pesqueira (ensino, pesquisa, extensão, fomento, crédito, financiamento, associativismo, regulamentação e produção).
“Certamente, ao longo dos sete anos de existência do curso de Engenharia de Pesca de Bragança, o envolvimento de professores e alunos em muitas atividades de pesquisa e extensão e o conhecimento adquirido por algumas comunidades têm demonstrado o envolvimento sério e efetivo destes profissionais, no tocante à mudança de pensamento e à formação do senso crítico das populações tradicionais. Este fato tem promovido um estreitamento dos laços e das discussões de todos os envolvidos na atividade pesqueira, direcionando o desenvolvimento racional e o fortalecimento do setor pesqueiro regional”, declarou a professora.

Discussões - Todas as edições da Semana de Engenharia de Pesca e dos Técnicos em Pesca e Aquicultura – SEPTA têm a missão de promover a discussão de temas importantes ao desenvolvimento das atividades pesqueiras e aquícolas do Estado do Pará e adjacências. Neste sentido, a organização do evento procura fornecer conhecimento a profissionais, produtores, pescadores, estudantes e interessados na área de ciências aquáticas, buscando envolver também as comunidades pesqueiras na discussão sobre a realidade e os cenários futuros do setor, oferecendo a oportunidade para estudantes e pesquisadores divulgarem seus trabalhos de pesquisa científica e extensão por meio de uma aproximação entre todos os atores da pesca.
Sobre a realização conjunta da Semana de Engenharia e da Semana de Técnico em Pesca, a diretora da Faculdade considera que estes “eventos não podem ser pensados separadamente. O profissional engenheiro e o técnico de pesca devem estar articulados para que a missão da produção associada à sustentabilidade seja estabelecida. A SEPTA é um momento ímpar de estreitar as discussões no tocante aos problemas das comunidades pesqueiras”.

Fonte: Site da UFPA
Texto: Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagens: Alexandre Moraes e divulgação do evento

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