A vocação à pesca, na
Região Norte, é indiscutível, já somos detentores de cinco cursos de Engenharia
de Pesca (três no Pará; um em Rondônia; e um no Estado do Amazonas), o que
denota a preocupação na formação de profissionais qualificados para atuar no
setor pesqueiro, tendo como princípio a produção associada à sustentabilidade.
Assim, muitos aspectos relacionados à atividade pesqueira na Amazônia vêm se
modificando, e um desses aspectos é o investimento em pesquisa, inovação e
tecnologia pesqueira, que foi o tema escolhido para nortear as discussões do V
Seminário de Engenharia de Pesca e III Semana de Técnico em Pesca e Aquicultura
do Pará (V SEPTA), que acontecerá entre os dias 27 e 30 de novembro, no Campus
da Universidade Federal do Pará, em Bragança. As Inscrições podem ser feitas
através da página oficial do evento, http://semanaengenhariadepesca2012.webnode.com/.
A submissão de
trabalhos será até o dia 14 de setembro e pode ser feita também através do
site.
Atividade de destaque na Região - “De fato, a Região
Norte já vem recebendo maiores incentivos, principalmente, para a pesquisa
pesqueira, se comparado às décadas anteriores”, afirma a diretora da Faculdade
de Engenharia de Pesca, professora doutora Bianca Bentes. Para ela, apesar
deste processo de desenvolvimento ainda ser incipiente, vários avanços já podem
ser constatados. Muitos aspectos relacionados à tradição pesqueira e
sustentabilidade, por exemplo, estão, atualmente, sendo discutidos no âmbito
acadêmico, que também é peça chave no crescimento da atividade pesqueira na
região.
Envolvimento – Bianca Bentes
considera que, em Bragança, as discussões relacionadas à inovação e à
integralização de todos os atores no ordenamento e ainda a coparticipação das
comunidades na tomada de decisões têm mudado significativamente o cenário da
produção e o manejo das atividades de pesca e aquicultura. “Percebemos um
empenho maior das comunidades em relação à manutenção dos estoques e a não
utilização de técnicas consideradas nocivas à vida aquática e também o
questionamento das populações em relação à eficiência de algumas medidas de
manejo”.
Por sua vez, os
engenheiros de pesca que estão sendo formados pela UFPA, em sua maioria, estão
atuando nas diferentes áreas que competem à formação deste profissional,
preenchendo a necessidade da promoção da interação entre os diversos setores
envolvidos com a atividade aquícola e pesqueira (ensino, pesquisa, extensão,
fomento, crédito, financiamento, associativismo, regulamentação e produção).
“Certamente, ao longo
dos sete anos de existência do curso de Engenharia de Pesca de Bragança, o
envolvimento de professores e alunos em muitas atividades de pesquisa e
extensão e o conhecimento adquirido por algumas comunidades têm demonstrado o
envolvimento sério e efetivo destes profissionais, no tocante à mudança de
pensamento e à formação do senso crítico das populações tradicionais. Este fato
tem promovido um estreitamento dos laços e das discussões de todos os
envolvidos na atividade pesqueira, direcionando o desenvolvimento racional e o
fortalecimento do setor pesqueiro regional”, declarou a professora.
Discussões - Todas as edições da Semana de
Engenharia de Pesca e dos Técnicos em Pesca e Aquicultura – SEPTA têm a missão
de promover a discussão de temas importantes ao desenvolvimento das atividades
pesqueiras e aquícolas do Estado do Pará e adjacências. Neste sentido, a
organização do evento procura fornecer conhecimento a profissionais,
produtores, pescadores, estudantes e interessados na área de ciências
aquáticas, buscando envolver também as comunidades pesqueiras na discussão
sobre a realidade e os cenários futuros do setor, oferecendo a oportunidade
para estudantes e pesquisadores divulgarem seus trabalhos de pesquisa
científica e extensão por meio de uma aproximação entre todos os atores da
pesca.
Sobre a realização
conjunta da Semana de Engenharia e da Semana de Técnico em Pesca, a diretora da
Faculdade considera que estes “eventos não podem ser pensados separadamente. O
profissional engenheiro e o técnico de pesca devem estar articulados para que a
missão da produção associada à sustentabilidade seja estabelecida. A SEPTA é um
momento ímpar de estreitar as discussões no tocante aos problemas das
comunidades pesqueiras”.
Fonte: Site da UFPA
Texto: Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagens: Alexandre Moraes e divulgação do evento
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