Pesquisadores lançam livro sobre
fronteiras e identidades na América Latina
Organizado pelos professores Adilson Brito (UFPA/Bragança), Carlo Romani
(Unirio-RJ) e Carlos Augusto Bastos (Unifap/AP), o livro “Limites Fluentes –
Fronteiras e Identidades na América Latina (Séculos XVIII-XXI)” pretende
popularizar os debates mais recentes acerca das pesquisas em espaços de
fronteira no Brasil e na Amazônia. O lançamento ocorrerá no dia 25 de julho, em
Natal (RN), durante o XVII Simpósio Nacional de História.
O livro é composto por artigos científicos produzidos por historiadores,
geógrafos e antropólogos que procuram interpretar as múltiplas experiências
sociais, políticas e culturais em áreas de fronteira do Brasil com os países
latino-americanos e com a Guiana Francesa, sobretudo os espaços amazônicos.
Histórico – Entre 23 e 26 de outubro de 2012, a cidade de
Bragança foi sede do Encontro Internacional Fronteira, História e Identidades
& II Colóquio de História e Saber Histórico: Fronteiras Bragantinas, o qual
pretendia contribuir para uma ampla reflexão sobre as múltiplas experiências
sociais construídas em diversas regiões de fronteira, sobretudo no espaço
amazônico. “Limites Fluentes” foi escrito por participantes desse evento, que
formalizaram em artigos científicos suas apresentações realizadas em mesas
redondas e em conferências nacionais e internacionais.
O evento foi organizado pelo Grupo de Estudos de Fronteira (GEF) do
Campus Universitário de Bragança, anteriormente conhecido como “Grupo de
Pesquisa Sociedade, Trabalho e Política em Áreas de Fronteira”. A área de
pesquisa do Grupo envolve a Amazônia brasileira, as interações nas fronteiras
internacionais da Região, além de outras áreas sul-americanas de fronteira.
“Acreditamos que esse livro é produto de uma refinada e renovada
historiografia que procura questionar os nacionalismos e os regionalismos
excessivos, para pensar as diversas e diferentes dinâmicas que foram
historicamente construídas em espacialidades e temporalidades fronteiriças, o
que foi o grande ponto de discussão do Grupo de Estudos de Fronteira no
Encontro realizado em Bragança, no mês de outubro de 2012”, afirma o professor
Adilson Brito, um dos organizadores do livro.
Público-alvo – Pesquisadores brasileiros e estrangeiros que
realizam estudos transfronteiriços na América Latina, professores de História,
de Geografia e de Antropologia do Ensino Superior e da Educação Básica, além de
alunos de graduação e de pós-graduação que trabalham com a perspectiva de
estudos de fronteira configuram o principal público de interesse à temática do
livro.
Lançamento – O lançamento do livro será realizado em Natal
(RN), durante o XXVII Simpósio Nacional de História. O objetivo do evento é
criar um espaço de discussão para aqueles que estudam manifestações artísticas
e culturais e que se interessam pelos diálogos que elas mantêm socialmente. Em
breve será realizado um lançamento específico no Campus da UFPA em Belém para
os pesquisadores e estudantes de graduação e de pós-graduação que desenvolvem
estudos e reflexões sobre espaços de fronteiras na Amazônia.
Texto: Juliana Angelim – Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagem: Divulgação (Editora CRV) / Publicado em: 18.07.2013
Sinopse
O conjunto
dos trabalhos que compõem este livro que agora chega às mãos do leitor é
produto de um esforço articulado de pesquisadores latino-americanos em
problematizar a América Latina, no que esta possui de conexões políticas,
sociais e culturais construídas em contextos históricos diversos. Essa
perspectiva de estudo foi tema de debates diversos travados durante o Encontro
Internacional Fronteiras, História e Identidades; II Colóquio de História e
Saber Histórico na Região Bragantina: Fronteiras Bragantinas, realizado com
apoio da Capes e da Universidade Federal do Pará, entre os dias 23 e 26 de
outubro de 2012 na cidade de Bragança-PA. O evento fez parte das atividades do
Grupo de Pesquisa do CNPq "Sociedade, Política e Trabalho em Áreas de
Fronteira", que hoje é conhecido como Grupo de Estudos de Fronteira (GEF).
As diversas
exposições feitas nas conferências nacionais e internacionais, assim como nas
mesas-redondas do evento, confluíram para a ideia de que as fronteiras são
lugares fluentes, de múltiplas identidades e circulações humanas, que constroem
e reconstroem as linhas imaginárias dos mapas oficiais, e que teimam em
complexificar a lógica puramente nacional da soberania dos Estados-Nação sobre
seus territórios.
A publicação
de Limites Fluentes. Fronteiras e Identidades na América Latina (Séculos
XVIII-XXI) representa o começo de uma jornada de discussão que precisa ser
ampliada no meio acadêmico, como um meio de questionar o passado/presente
latino-americanos centrados unicamente no discurso nacionalista. Esperamos que
este livro provoque no leitor esse mesmo sentimento que hoje compartilhamos
como grupo.
Fonte: Site da Editora CRV
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