Dia 25 de junho: Centro de
Memória da Amazônia registra memória da imigração
O Brasil é um país de imigrantes e a
Amazônia é um centro de várias etnias. Desde o período da colonização, a
Amazônia já agregava diversos povos, sejam indígenas, africanos ou europeus.
Com o boom da
borracha, no século 19, essa migração se intensificou e a Região Amazônica,
como centro econômico que era, na Belle
Époque, teve esse fluxo bastante acentuado, desde migrantes locais,
como cearenses e potiguares, até japoneses, libaneses, marroquinos, italianos e
espanhóis.
Por conta dessa
multicultura do País, o dia 25 de junho é reservado para homenagear aquelas
pessoas que saíram de suas terras para se instalar em outros lugares, por
necessidade e por buscar uma vida melhor. No dia 25 de junho, comemora-se o Dia
do Imigrante.
A memória dos
imigrantes -
O Centro de Memória da Amazônia da Universidade Federal do Pará (CMA / UFPA)
tem 35 toneladas de documentos em sua guarda, os quais datam desde o século
XVIII até 1970. Neste acervo, encontra-se um grande montante de arquivos
relacionados aos imigrantes, como casamentos, inventários e registros
criminais. As quatro etnias mais frequentes são os portugueses, os espanhóis,
os italianos e os marroquinos.
Segundo o diretor do CMA,
professor Otaviano Vieira Jr., o Centro se esforça para não ser apenas um
arquivo, mas também um centro cultural. Para isso, o CMA desenvolve vários
projetos e programações culturais. Por exemplo, já ocorreu a Semana da África,
de 25 a 30 de maio, durante a qual houve palestras, exposição de documentos e
mostras de cinema. “Conseguimos sair dessa África hollywoodiana,
mostrada pelos olhos dos outros, e vimos a África mostrada pelos próprios
olhos. A África não é uma coisa só, é muito heterogênea, são muitas Áfricas”,
afirma o professor.
O Centro de Memória não
desenvolve pesquisas, mas ampara e fomenta atividades culturais com o intuito
de alimentar a vontade de conhecer as pessoas. “A nossa lógica é trabalhar em
um rompante menos acadêmico e muito mais cultural, para chamar a atenção das
pessoas de forma diferente”, explica Otaviano Vieira Jr.
O CMA tem um grande acervo
e todo ele está disponível para quem quiser estudar ou pesquisar sobre
imigração na Amazônia. Para facilitar esse acesso, o Centro de Memória da
Amazônia é o único arquivo do Pará que abre à noite. Nas terças-feiras, o
horário de funcionamento vai até as 21h.
Serviço:
Centro de Memória da
Amazônia – UFPA
Travessa Rui Barbosa, nº
491
Telefone: (91) 3252-2843
Horário de funcionamento: segunda
à sexta, das 9h às 14h
Horário especial: nas
terças-feiras, das 9h às 21h.
Texto: Anne Beatriz Costa –
Assessoria de Comunicação da UFPA
Fonte: Site da UFPA. Link:
http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=6243
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