quarta-feira, 27 de junho de 2012

Centro de Memória registra a história da imigração no Pará (25 de junho: Dia da imigração)


Dia 25 de junho: Centro de Memória da Amazônia registra memória da imigração

O Brasil é um país de imigrantes e a Amazônia é um centro de várias etnias. Desde o período da colonização, a Amazônia já agregava diversos povos, sejam indígenas, africanos ou europeus. Com o boom da borracha, no século 19, essa migração se intensificou e a Região Amazônica, como centro econômico que era, na Belle Époque, teve esse fluxo bastante acentuado, desde migrantes locais, como cearenses e potiguares, até japoneses, libaneses, marroquinos, italianos e espanhóis.
Por conta dessa multicultura do País, o dia 25 de junho é reservado para homenagear aquelas pessoas que saíram de suas terras para se instalar em outros lugares, por necessidade e por buscar uma vida melhor. No dia 25 de junho, comemora-se o Dia do Imigrante.

A memória dos imigrantes - O Centro de Memória da Amazônia da Universidade Federal do Pará (CMA / UFPA) tem 35 toneladas de documentos em sua guarda, os quais datam desde o século XVIII até 1970. Neste acervo, encontra-se um grande montante de arquivos relacionados aos imigrantes, como casamentos, inventários e registros criminais. As quatro etnias mais frequentes são os portugueses, os espanhóis, os italianos e os marroquinos.
Segundo o diretor do CMA, professor Otaviano Vieira Jr., o Centro se esforça para não ser apenas um arquivo, mas também um centro cultural. Para isso, o CMA desenvolve vários projetos e programações culturais. Por exemplo, já ocorreu a Semana da África, de 25 a 30 de maio, durante a qual houve palestras, exposição de documentos e mostras de cinema. “Conseguimos sair dessa África hollywoodiana, mostrada pelos olhos dos outros, e vimos a África mostrada pelos próprios olhos. A África não é uma coisa só, é muito heterogênea, são muitas Áfricas”, afirma o professor.
O Centro de Memória não desenvolve pesquisas, mas ampara e fomenta atividades culturais com o intuito de alimentar a vontade de conhecer as pessoas. “A nossa lógica é trabalhar em um rompante menos acadêmico e muito mais cultural, para chamar a atenção das pessoas de forma diferente”, explica Otaviano Vieira Jr.
O CMA tem um grande acervo e todo ele está disponível para quem quiser estudar ou pesquisar sobre imigração na Amazônia. Para facilitar esse acesso, o Centro de Memória da Amazônia é o único arquivo do Pará que abre à noite. Nas terças-feiras, o horário de funcionamento vai até as 21h.

Serviço:
Centro de Memória da Amazônia – UFPA
Travessa Rui Barbosa, nº 491
Telefone: (91) 3252-2843
Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 9h às 14h
Horário especial: nas terças-feiras, das 9h às 21h.
Viste também o site, o blog e a página no Facebook do CMA.
Texto: Anne Beatriz Costa – Assessoria de Comunicação da UFPA

Fonte: Site da UFPA. Link: http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=6243

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