quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bragança de luto: partiu Marilda Athayde Bordallo da Silva (*31.05.1917, +26.10.2011)

Partiu hoje de nosso convívio terreno a ilustre bragantina Marilda Athayde Bordallo da Silva (*31.05.1917, +26.10.2011) viúva do médico, sanitarista, pesquisador, antropólogo e folclorista Armando Bordallo da Silva (*03.05.1991, +04.04.1991), um dos maiores nomes da cultura bragantina e membro da Academia Paraense de Letras. Marilda faleceu, ao meio-dia, em Belém, no Hospital Saúde da Mulher. Tinha 94 anos.

Marilda e Armando casaram-se em 29 de dezembro de 1937, tendo seis filhos: Luiz Fernando, Alberto José, Benedito Sebastião, Maria Rosa, Paulo Emílio e Mariana Tereza (na foto das Bodas de Ouro do Casal, em 1987, com os/as filhos/filhas).

Marilda acompanhou seu esposo Armando e seu cunhado Bolívar, além de Luiz Paulino Mártyres, seu primo, em várias campanhas em Bragança, em assuntos diversos e o ajudou a concretizar pesquisas e articular o que deveria ser registrado em uma época para Bragança.

Após a aposentadoria de Armando, na década de 1970, conheceu Portugal junto com o marido, que estagiou no Instituto de Alta Cultura daquele país, com bolsa de estudos, logo depois sendo agraciado com várias comendas. E com ele figurou na sociedade paraense, quando foi empossado em 31 de maio de 1969, como sócio efetivo e perpétuo na Academia Paraense de Letras, na cadeira de nº. 23, por exemplo, ou quando ele integrou o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, o Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará, a Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura, a Fundação Cultural de Bragança e a Comissão Paraense de Folclore, onde ficou como presidente de honra até sua morte.

Sua vida sempre esteve ligada à do marido, por onde ele esteve e atuou, como na última vez em que foi reverenciado pela Marujada de Bragança (na foto acima, ao lado direito de Armando Bordallo, em 1989). Cumpriu com zelo a salvaguarda, junto com a família, de todo o patrimônio intelectual do esposo, após sua morte em 1991, com lembranças vivas e presentes de tudo o que escreveu e publicou em seus livros, que a orgulhava pela recuperação de relíquias de uma parte do passado e da cultura bragantina.

Esteve junto com as principais personalidades literárias e intelectuais do Pará na Academia Paraense de Letras, em 2006 (na foto: Dário Benedito Rodrigues, Simone Morgado, Diana Ramos, Marilda Bordallo e Rosa Helena Oliveira), quando foi celebrado o centenário de nascimento de Armando Bordallo da Silva, vindo à Bragança, em diversas oportunidades para as comemorações, Desfile Cívico do 7 de setembro e no II Encontro de Estudos Históricos de Bragança, realizado em setembro de 2005.

Nossas condolências à toda a família enlutada, pela convivência fraterna, pelos bons exemplos e valores e pelo legado de Armando Bordallo da Silva para a História e para a Cultura de Bragança.

Prof. Dário Benedito Rodrigues & Família

2 comentários:

  1. Nas famílias tradicionais que encontramos um grande acervo da história de nossa terra. Daniela Torres & família sente pela perda.

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  2. Muito obrigado pelo seu sincero reconhecimento aos valores humanos dos meus queridos e inesquecíveis tios Marilda e Armando Bordallo da Silva.
    Realmente foi uma grande perda.
    Um fraternal abraço,
    Paulo Bordallo
    Jornalista, Fotógrafo e Cinegrafista Profissional

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