quarta-feira, 1 de maio de 2013

Relógio de contagem regressiva dos 400 anos de Bragança de volta, na Praça da Bandeira

 Após muita discussão nas redes sociais e cobranças diversas, o Relógio de Contagem Regressiva dos 400 anos de Bragança, inaugurado na gestão municipal anterior e retirado da Praça Fernando Guilhon (Orla) no dia 09 de janeiro de 2013, foi colocado na Praça da Bandeira, esquina da Rua 13 de maio com a Travessa João XXIII, de frente para o monumento à Bandeira.

Eu havia prometido não me manifestar mais sobre o assunto por alguns gestos e comentários lidos, porém, o que chamou a atenção e atraiu severas críticas por uma parte da imprensa bragantina (jornal e redes sociais) foi a modificação da placa do relógio, com a inscrição de nomes do secretariado municipal atual onde antes não havia e de certo estado de deterioração e conservação da estrutura do relógio, com a placa amassada, péssimo estado de manutenção e sujeira para algo considerado novo.
Quando esteve em minha casa, o prefeito João Nelson Magalhães disse-me que não havia autorizado a retirada do equipamento da Orla, mas que sugeriu que ele fosse colocado na Praça da República (centro do canteiro, na Feira Livre), porém, uma enquete onde votaram apenas 449 (quatrocentas e quarenta e nove) pessoas, 44,8% dos votos decidiu pelo local, o que foi respeitado pela atual gestão.
Em face de ter recebido um comunicado oficial, porém sem a identificação de quem o assina, ficaram algumas perguntas, que precisam ser compartilhadas sem me abster de retornar a questões anteriores, pois perguntar não ofende:
a) Onde está, quem assina e qual o teor do documento de vistoria técnica que, ao que parece e se cogita na Nota de Esclarecimento (documento que recebi e publiquei aqui no blog), avaliou o risco da colocação anterior do equipamento? A Prefeitura Municipal de Bragança, até onde pude pesquisar, não possuía na época (9 dias de uma nova gestão), nenhum engenheiro ou arquiteto cadastrado nos órgãos competentes para tal procedimento de vistoria. Isso é fato? É técnico ou é partidário?
b) Se o prefeito não autorizou a retirada do relógio, pelo que me disse pessoalmente em visita à minha casa, quem o fez? Motivado pelo que? Com que ordem? De quem partiu a ordem?
c) Se tem agora um parecer técnico da inserção do Relógio dos 400 anos em seu novo local? Quem o fez?
d) Encontraram o software de programação da peça para alterarem as inserções (frases) que aparecerão no mostrador digital do relógio?

Sem especular nada, mas apenas compartilhando, alguma pergunta poderá ficar sem resposta, mas acho um sério problema criar factoides como os comentários que foram publicados em redes sociais por diversas pessoas. Todavia, que bom que temos a peça do Relógio dos 400 anos de novo num lugar onde possa ser apreciada pelos bragantinos. Sugiro que outros sejam feitos, para colocação em novos lugares, de acordo com a metodologia atual.
Outro ponto é a inserção de novos nomes na placa do relógio. Nomes de agentes públicos atuais que não estavam na gestão municipal quando a peça foi inaugurada no dia 31 de dezembro de 2012. Com muito respeito aos nomes que lá figuram agora, pois conheço todos e até tenho vínculos com muitos deles, o que realmente esses agentes públicos fizeram para que ela fosse estruturada e confeccionada? Transferiram a obra de um lugar para outro? Somente isso?
Mas gostei e aplaudo o gesto de colocarem a peça para funcionar novamente (mesmo que de fato o relógio não esteja ligado) e, se não for pedir muito, sem represálias, por favor. Estamos num estado de direito constitucional, garantido por lei.

Prof. Dário Benedito Rodrigues, bragantino e historiador.

Fotos: Acervo pessoal (2013)
Sobre o relógio, leia mais em:
Postagem com a Nota de Esclarecimento da Assessoria de Comunicação da Prefeitura: http://profdariobenedito.blogspot.com.br/2013/01/relogio-de-contagem-regressiva-dos-400.html

Um comentário:

  1. Sem desmerecimentos, contudo, não vejo motivos para incluirem nomes dos atuais agentes públicos no relógio em questão. Uma vez que o governo atual apenas retirou depois de ter sido inaugurada, e com uma desculpa muito "esfarrapada", respaldada por um documento quem não identificava quem assinou. A pergunta é: Isso vos dá o direito do que me parece reinaugurá-la e colocar seus nomes na placa?
    Se essa moda pega, o que vai ter de gestor arrancando obras de governos passados, pintando, fazendo algumas mudanças e alterando as placas de inauguração.
    Chega até ser cômico! Mas infelizmente aconteceu na nossa cidade.

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