terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O amor gira a roda da vida...



É... assim mesmo, a roda gigante da vida gira. Um dia se está em cima, no outro, talvez embaixo. Reservar e lembrar da vida só aquilo que te levou a sofrer não é uma boa dinâmica pra essa metáfora do que se viveu. Afinal, tudo tem seu lado bom e ruim.
A dor e os sofreres, por exemplo, causam algum (e põe algum nisso!) estrago por um certo tempo, pra depois ensinar o amadurecimento necessário e a força que precisa pulsar nas veias e fluir no coração, mesmo magoado, abandonado, ignorado e ferido. Chorar e sentir a falta de alguém não explica o tamanho do sentimento, talvez até o alivie, o anime e o incentive a ir à frente, buscar horizontes novos e céus menos cinzentos.
E viver... taí uma dica importante, sem deixar em nada e nem em ninguém a oportunidade que acreditava de ser feliz de verdade, já que é pior jogar fora todas as chances de ser feliz por causa de uma tentativa que não por sua vontade (mas de outrem!) não deu certo.
Eu mesmo faria qualquer coisa pra mudar o que não sei de fato que aconteceu; também pudera... como saber? Não tive resposta alguma...! Como não sei e ninguém quis responder, restou-me esperar a vida me dizer e crer que um dia isso vai passar, essa agonia vai embora (junto com a insônia) e esse gosto amargo de sentir-me só (pois estou só, aqui no coração, de verdade!) sejam apenas passado... e como entendo um pouquinho de passado, talvez só o rememore, sem fazê-lo "estar" de novo aqui presente.
Lamentável é poder saber de tanta coisa, crer em tanta coisa, perceber tanta coisa, descobrir tanta coisa, ler tanta coisa e se dar conta de que isso tudo talvez tenha sido mais um dos momentos de crise (impressionante!), de troca de valores, de personalidade distinta, de outra prisão pessoal, de outra mentalidade sem maturidade, de outra vivência, de outro alguém que não compartilhou a essência do sentimento, mas que estabeleceu um limite terrível para que o amor fluísse...
Estou melhorando na dor, na ausência e no "não-querer" e aprendendo a valorizar até mesmo isso tudo. Os amigos leais tem sido uma boa companhia, com suas palavras de esperança e com a sua presença indispensável (alguns como Amanda Oliveira, Edinael Rosário, Marcus Caxias, Alex Ribeiro, Romyel Cecim, Renan Miranda, Leila Rotterdan, Mauren Brandt, Marilena Mota), com o sorriso que brota às vezes sem querer (mesmo!), com o fato de serem não qualquer apoio, mas um constante porto seguro, onde o abraço e o tempo dedicado é maior ainda que o sofrer da derrota.
Eu disse uma vez que não usufruo bens e riquezas materiais, não tenho belezas superficiais, não curto certas coisas (ah... sou meio chato com algumas "vibes", claro!), não consigo me adequar a alguns espaços, nem tenho mais que isso (que muita gente conhece e admira!), mas o meu caráter e meu sentimento (amor, no sentido real da palavra!) estão sempre comigo. A tudo o que me dedico, o faço com o mesmo amor. A tudo o que se aproxima de mim, trato com o mesmo amor. Será que dá pra imaginar que por alguém seria diferente? Obviamente que não.
Porém, não entendendo o que ocorreu e o limite entre o que foi real e o que foi fantasia (sério, algumas coisas me causaram dúvidas imensas, depois do dia 24 de janeiro, às 01h53!), recolho-me em mim, no abandono do ser que se disse amado, que se julgou querido, que tentou, pediu, implorou e quis ser amado. Esse "outro ser" ainda está muito vivo em mim. Ainda precisa do meu ser de hoje... é um hospedeiro da minha existência, é um acompanhante de minha solidão (se é que é possível!).
E ao reler tudo, ao rever tanta coisa guardada (na mente e no HD), ao procurar uma razão plausível... vejo que nada encontro e desse "nada" me satisfaço. Eu não acabei nada. Eu não fugi de nada. Eu não desisti de nada. Eu não criei nada. Eu fui tornado "nada". E apenas respondi que estaria aqui, esperando... esperando. Talvez por tudo e quem sabe por nada. Não me foi dado, mesmo com minhas iniciativas e depois de tudo (se eu contar, quase ninguém acreditaria!), o direito de entender, de ter uma resposta suficiente, de saber o que foi, de ter que dizer qualquer coisa... sobrou o nada.
E o amor, que deveria ser o alimento principal disso, esse daí sobrou mais, derramou pelo chão, espalhou-se pela casa e preencheu até os espaços mais recônditos da dor, amenizando-a, aliviando-a, cicatrizando-a. Ainda é muito cedo e talvez já seja muito tarde, mas fazer o que? Vou tirar essa prova com a vida... não existem segredos que o tempo não revele e nem dores que o próprio amor não cure.
Esperar, um pouco mais... esperar.

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