A memória está sempre
repleta de imagens que marcam a nossa história e a nossa vida. Desde alguns
anos, escolho uma imagem das muitas que registrei e publico, marcando o ano.
2024 foi um ano de muitas conquistas, de muitas alegrias, de muitos
aprendizados, de muitas trocas e o ano da partida de minha Avó Joana Dolores
Rodrigues (1929-2024).
Mas uma das maiores
emoções da minha vida foi estar nos mesmos locais da vida de São Benedito, o
mesmo frei Benedito, de São Fratello, o mesmo São Benedito, o Mouro, como o
chamam e o conhecem na Itália.
A estadia em Palermo,
Sicília (Itália), no fim de outubro passado, foi uma rica experiência
acadêmica, de falar de nossa história, de divulgar nossa cidade de Bragança, de
apresentar nossa festividade e nossa Marujada (que já estavam reconhecidas como
Patrimônio Cultural do Brasil desde 04 de setembro) em outro país, o país de
onde veio São Benedito.
Estar na Sicília e
entrar em contato com o mesmo ambiente da vida daquele negro e santo frei foi
um marco divisor em minha vida pessoal e profissional, por tudo. E ao estar
diante de seu corpo, daquilo que foi recuperado (e renasceu) do seu corpo após
o incêndio de 2023 foi um momento de alegria, gratidão, emoção e de muita fé.
A foto (acima) foi
tirada no dia 25 de outubro de 2024, às 17h59min, na Catedral de Palermo
(construída em 1185 e declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO
em 2015), dedicada à Assunção da Virgem Maria e sé da Arquidiocese de Palermo. Abaixo,
um detalhe maior do lugar onde está o corpo de São Benedito.
Era como cumprir uma
missão pessoal. Era como dizer a São Benedito: “Aqui estou!” E foi isso que
fiz. Agradeci por tudo que já vivi até aqui e pedi sua benção e seu olhar
cuidadoso. E voltar de lá também foi muito bom, pois pude estar em Roma e
visitar as queridas Missionárias de Santa Teresinha em seu ano jubilar e os
padres da Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo, os Barnabitas.
Agradeço a oportunidade
e o carinhoso convite à Ordem dos Frades Menores (da Sicília), à Prof.ª
Giovanna Fiume, ao Prof. Giuseppe Dragotta e a todos que organizaram o evento
Escravidão e Santidade Negra: os 500 anos de nascimento de São Benedito, o
Mouro.
Que São Benedito
interceda sempre por todos nós!
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