sábado, 31 de dezembro de 2022

Minha imagem de 2022 - o Doutorado


De tantas imagens que guardei registradas ou que recordarei na memória, escolhi uma para retratar as coisas que marcaram minha vida em 2022: a da defesa da minha tese de Doutorado em História. Eu estava anotando pontos da defesa e arguição, debruçado diante de tudo o que consegui. E minha querida Juliana fez esse registro.

Explico. A continuação de meus estudos seguiu na Universidade Federal do Pará, instituição onde cursei a Graduação e o Mestrado, e onde atuo como professor. Isso é motivo de enorme orgulho, de alegria e de confiança na universidade pública e nesta em especial, a maior e melhor do Norte do Brasil. O Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia é um reflexo da excelência de nossa instituição.

Prossigo. A tese foi concluída no dia 22 de março, dia do aniversário de 4 anos de Elena Maria, minha sobrinha-neta. A finalização e o esforço da escrita da tese e o tempo até a sua defesa coincidiram com o adoecimento de meu irmão, quando vivemos e superamos momentos bem difíceis em família.

Essa imagem traduz um pouco do que vivi naquele 6 de junho e que nunca mais esquecerei. Na banca composta estava um pouco da minha trajetória e carreira profissional: meu orientador de doutoramento, Prof. Fernando Arthur Neves (o querido Lobinho), amigo tão especial foi também o patrono de minha turma de Graduação, a História 1997 (então todos os meus amigos estavam de certa forma comigo); meu orientador de Graduação, Prof. Aldrin Figueiredo, um amigo querido e grande exemplo de profissional da História; minha orientadora de Mestrado, Prof.ª Edilza Fontes, amiga querida e grande colaboradora do profissional que me tornei; minha ex-professora e hoje colega de trabalho na Faculdade de História, Prof.ª Roseane Pinto, que divide comigo muitas lutas na/pela História; e o Prof. Douglas Conceição, da UEPA, uma grande conquista, um presente e um enorme privilégio de ter sido por ele avaliado (ah… ele nasceu num 26 de dezembro, dia de São Benedito em Bragança).

Foi um percurso cumprido com esforço, com luta, com resiliência e com disciplina. E deu certo, apesar de tudo. E o neto de dona Joana Dolores (para quem dediquei toda a tese) agora é seu neto Doutor, não pelo título, mas pelo presente a dar a ela em vida, pois foi impedida de estudar quando jovem, por uma tal madrinha “professora”.

Sou grato a Deus, à minha mãe Socorro Rodrigues, a meus familiares e a meus amigos por compartilharem desse caminho junto comigo, cada um de seu jeito e com sua colaboração (seus nomes estão nos agradecimentos da tese). E ao Glorioso São Benedito, tão querido diante de Deus, por sua intercessão valiosa em todos os momentos.

E debruço-me então diante da História, na posição de aprendiz. E que venham novas histórias a construir e viver.

Prof. Dário Benedito Rodrigues, historiador

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