domingo, 30 de dezembro de 2018

Minha imagem de 2018 - As ruínas do Palacete Augusto Corrêa em Bragança

Foto: Pedro de Almeida Tobias, para O Liberal (2018).

Certamente o dia 21 de maio de 2018 entrou para a história de Bragança, por todos os motivos que fatos se eternizam na vida de uma cidade e na memória de seu povo. Recordo exatamente de onde estava, como a notícia me chegou e o que vi, perplexo. A muitas pessoas de meu convívio eu disse: “Meus olhos estão vendo isso, minha mente registra tudo, mas meu coração não aceita”.
E assim, às 21h19 daquela fatídica segunda-feira, a parte da frente e do telhado do Palacete Augusto Corrêa veio abaixo, deixando uma pequena parte do piso superior colado ao restante do que restou da estrutura. Eram por volta de 9 metros e meio de altura e 22 metros de frente, em alvenaria.
Naquela parte do prédio funcionava a sala da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Bragança, onde trabalhei por cerca de três anos. E às 1h20, já na terça-feira, dia 22, esta pequena parte de uma sala ruiu por completo. E eu assisti isso tudo de frente. E testemunhei certa apreensão quando parte da energia elétrica da parte urbana de Bragança se perdeu com a derrubada dos cabos de transmissão em frente ao prédio.
Pelo restante da noite e madrugada, entre 21 e 22 de maio, muita aglomeração de pessoas atônitas, espantadas, com medo e com a sensação de perda inestimável. Muitas delas sem acreditar – assim como eu – no que se via e esperançosos que as chuvas de maio não tivessem feito estragos tão grandes na estrutura do prédio, que na manhã daquela segunda-feira já apresentava sinais e ruídos de que poderia vir abaixo.
Daí, órgãos da imprensa de todos os cantos estiveram por aqui, registrando o episódio. De veículos de comunicação de grande circulação até blogs e redes sociais reverberaram a queda de parte do palacete. Essa foto, escolhida para marcar o que vivi em 2018 foi feita pelo fotógrafo Pedro de Almeida Tobias após a reportagem feita comigo pelo jornalista Filipe Sanches, para o jornal O Liberal.
Na imagem, feita na Rua Dr. Justo Chermont na manhã de 22 de maio, eu estava sem dormir e com um cansaço que não era menor que a perplexidade e o espanto. Ao fundo, escombros do Palacete Augusto Corrêa. E tivemos, todos nós bragantinos, que conviver até o momento presente com esta ausência e tentar compreender – se é que se pode usar o verbo – o tamanho do descaso para com o Patrimônio Cultural de Bragança, algo que vem se tornando corriqueiro quando se vê a cidade atualmente.
Esperança é a única palavra do sentimento que esta imagem me traz, para que tenhamos em breve a reconstrução da fachada do Palacete Augusto Corrêa e a construção de uma Política Cultural séria bem como uma Educação Patrimonial em todas as escolas, que possa ser consolidada com os esforços e as energias da comunidade como um todo, de representantes políticos e governantes, de técnicos e de interessados na História e Cultura de Bragança.
Até 2019.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Liceu de Música e Teatro serão inaugurados em Bragança

O prédio histórico onde funcionou a antiga Escola Estadual Monsenhor Mâncio Ribeiro até 2007, totalmente restaurado e readequado será inaugurado hoje dando lugar ao primeiro Liceu de Música do Estado do Pará.

O Liceu contará com infraestrutura para a formação de músicos da região Nordeste do Pará e de todos os cantos, valorizando assim este importante segmento e que tem em Bragança grandes referências musicais. Além disso, o Liceu contará com um teatro novo, totalmente equipado e com capacidade para 270 lugares.

Vídeo 1: Divulgação da inauguração do Liceu de Música e Teatro do Liceu, em Bragança.
Fonte: Governo do Estado do Pará (2018).

Recordo aqui da audiência proposta pela então Deputada Estadual Simone Morgado onde estivemos junto ao Secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, no dia 19 de setembro de 2011 na SECULT/PA, para propor a restauração do prédio da Escola Estadual Monsenhor Mâncio Ribeiro, que à época já estava praticamente degradado.

Naquela oportunidade, tratamos também do apoio do Governo do Estado às comemorações do período de 400 anos de Bragança (que foram realizadas em 2013). Paulo Chaves recebeu de nós um dossiê detalhando questões relacionadas à história do prédio, seu estado de depredação e manifestações que solicitavam sua reforma e readequação.

Imagem 1: Com a Deputada Simone Morgado após a audiência com Paulo Chaves, na SECULT/PA, em 19.09.2011. Fonte: Acervo pessoal.

Ao receber o convite do Governo do Estado para estar presente à cerimônia de inauguração que acontecerá hoje, fico extremamente feliz por ter feito parte deste processo de luta pelo Patrimônio Cultural de Bragança, apesar de todo o tempo que durou  o início e a finalização da obra, que é realmente um grande projeto.

Diversas publicações apelavam pela reforma da escola, como a publicação feita até na Revista de História da Biblioteca Nacional, em julho de 2010, na Seção Patrimônio em Perigo. De lá para cá diversas notícias foram veiculadas e algumas perspectivas divulgadas. O projeto inicial de 2010 era para que no prédio funcionasse um Centro de Memória da Educação. Em 2012, foi anunciada pelo Governo do Estado a restauração do prédio (e de mais 14 escolas) pelo Programa Mais Saber. Em 08.12.2012, outra notícia dava conta do projeto que se concretizou: o da criação do Liceu de Música e da construção de um teatro na quadra da antiga escola. Segundo a notícia, no final de fevereiro de 2013, o projeto da obra estaria concluído para licitação. E até que enfim foi concluída.

Imagem 2: Divulgação da situação do prédio na Revista de História da Biblioteca Nacional, em 2010. Fonte: Acervo pessoal, RHBN (julho, 2010).

Imagem 3: Divulgação da reforma do prédio pelo Governo do Estado, em 2011. Fonte: Acervo pessoal, Jornal Liberal (03.03.2012).

Imagem 4: Projeto apresentado em 2012 para reforma do prédio e construção do teatro. Fonte: Governo do Estado (divulgação G1.com, 10.12.2012).

Parabenizo o Secretário Paulo Chaves e sua equipe pelo belo trabalho, um presente merecido para Bragança e região. Da mesma forma, é preciso reconhecer a luta de tantas pessoas e instituições para que essa obra se tornasse realidade, como Simone Morgado, que sempre se empenhou nesse sentido, pois esta luta tem a marca de muita gente, mesmo com as críticas às vezes ácidas e contundentes de que a obra nunca seria concluída. O tempo respondeu, ainda bem. Bragança mereceu!

Vídeo 2: Vídeo de Divulgação do Liceu de Música e Teatro do Liceu, em Bragança.
Fonte: Governo do Estado do Pará (2018).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Programação da Festividade do Glorioso São Benedito, Bragança - 2018


220ª Festividade do Glorioso São Benedito de Bragança
Bragança (PA), de 18 a 26 de dezembro de 2018

Tema: “A exemplo de São Benedito, sejamos verdadeiros cristãos”

Programação

06.12.2018 (Quinta-feira) – Lançamento do cartaz da Festividade 2018
19h – Missa na Igreja de São Benedito, com a apresentação do cartaz da Festividade 2018.

08.12.2018 (Sábado) – Solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Travessia da Comitiva de São Benedito da Praia
Conforme o horário da maré, travessia da Comitiva de São Benedito da Praia saindo da Comunidade do Camutá para o cais de Bragança, com acolhida e pregação. Logo após, a imagem será conduzida até a residência do Sr. Antônio Ronaldo do Nascimento.

12.12.2018 (Quarta-feira)
20h – Ensaio para marujas e marujos, no Barracão da Marujada (Largo de São Benedito) com roupa estampada.

16.12.2018 (Domingo)
08h – Saída da Imagem de São Benedito dos Campos da residência da Sra. Rosa de Fátima Silva Chagas, no Taíra, com entrada solene na Igreja de São Benedito.

16h – Saída da Imagem de São Benedito das Colônias da residência da Sra. Maria Raimunda Lima Barbosa, no Riozinho, com entrada solene na Igreja de São Benedito.

17.12.2018 (Segunda-feira)
08h – Saída da Imagem de São Benedito das Praias da residência da Sra. Flávia Araújo Cavaleiro de Macêdo, no Centro, com entrada solene na Igreja de São Benedito.

18.12.2018 (Terça-feira) – Abertura da Festividade de 2018
04h30 – Concentração no Teatro Museu da Marujada, com marujas e marujos vestidos com traje em azul e branco, para conduzir e hastear o mastro no largo de São Benedito.

05h – Alvorada festiva, com dança da Marujada no entorno da Igreja.

Logo após, será servido um café da manhã para marujos e marujas, pelo devoto Antônio José de Vasconcelos Pereira e família.

19h30 – Missa de abertura da Festividade e novena a São Benedito (1º dia).

20h30 – Após a missa, ensaio para marujos e marujas, no Barracão da Marujada (Largo de São Benedito), com roupa estampada.

19.12.2018 (Quarta-feira)
19h30 – Missa e novena a São Benedito (2º dia).

21h – Programação Cultural, com Grupo de Jovens da Renovação Carismática.

20.12.2018 (Quinta-feira)
19h30 – Missa e novena a São Benedito (3º dia).

20h30 – Após a missa, ensaio para marujos e marujas, no Barracão da Marujada (Largo de São Benedito), com roupa estampada.

21.12.2018 (Sexta-feira)
19h30 – Missa e novena a São Benedito (4º dia).

21h30 – Programação Cultural, pela Secretaria Municipal de Cultura, Desportos e Turismo.

22.12.2018 (Sábado)
19h30 – Missa e novena a São Benedito (5º dia).

20h30 – Após a missa, ensaio para marujos e marujas, no Barracão da Marujada (Largo de São Benedito), com roupa estampada.

23.12.2018 (Domingo)
19h30 – Missa e novena a São Benedito (6º dia).

20h30 – Apresentação de corais na Igreja de São Benedito.

21h30 – Programação Cultural, pela Secretaria Municipal de Cultura, Desportos e Turismo.

24.12.2018 (Segunda-feira) – Véspera do Natal
19h30 – Ladainha cantada pelas Comissões de Esmolações de São Benedito e novena a São Benedito (7º dia), sob a responsabilidade da Diretoria da Festividade.

20h30 – Ensaio geral para marujos e marujas, no Barracão da Marujada (Largo de São Benedito), com roupa estampada.

25.12.2018 (Terça-feira) – Natal de Jesus
08h – Ladainha na Igreja de São Benedito, com as Comissões de Esmolações de São Benedito. A Marujada se veste com traje em azul e branco, em homenagem ao Menino Jesus. Durante o dia, apresentação da Marujada.

12h – Almoço oferecido pelo Juiz da Festividade, Mário Ribeiro da Silva Júnior, na Pódium Club.

15h – Cavalhada na área do Campo de Aviação Santos Dumont.

19h30 – Missa e novena a São Benedito (8º dia).

20h30 - Concerto de Natal com Toni Soares e Coral Nossa Senhora do Rosário, na Igreja de São Benedito.

22h – Programação Cultural, pela Secretaria Municipal de Cultura, Desportos e Turismo.

26.12.2018 (Quarta-feira) – Dia de São Benedito em Bragança
07h – Missa Solene da Festividade do Glorioso São Benedito, transmitida pelo rádio e televisão, presidida por Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces, Bispo Diocesano de Bragança do Pará, no Largo de São Benedito, com novena a São Benedito (9º dia), sob a responsabilidade da Equipe de Liturgia da Festividade. A Marujada se veste com traje em vermelho e branco, em homenagem a São Benedito.

9h - Lançamento do livro "Festividade de São Benedito e Marujada de Bragança", pelo IPHAN e Imprensa Oficial do Pará, no Teatro Museu da Marujada.


9h – Leilão da Festividade no Salão Beneditino, sob a responsabilidade da Diretoria da Festividade.

10h – Arrumação e decoração da Imagem do Glorioso São Benedito do Andor, pela Comissão responsável.

Obs.: Os donativos para o Leilão deverão ser entregues na Secretaria Paroquial ou na Sacristia da Igreja de São Benedito. Os contatos com a Comissão para receber os víveres e reses (bovinos, suínos, caprinos, equinos, etc.) deverão ser feitos com antecedência, para as providências necessárias de transporte.

12h – Almoço oferecido pela Juíza da Festividade, Marina Lima Gardunho, na Pódium Club.

15h30 – Louvação a São Benedito, na Igreja de São Benedito, com as Comissões de Esmolações.

16h – Procissão solene com a Imagem do Glorioso São Benedito do Andor, percorrendo o itinerário do Largo de São Benedito, Avenida Visconde do Rio Branco, Travessa Senador José Pinheiro, Avenida Visconde de Sousa Franco, Praça da República, Alameda Leandro Ribeiro, Travessa Coronel Antônio Pedro, Praça da Bandeira, Avenida Nazeazeno Ferreira, Travessa Dom Pedro I e Rua Pinheiro Júnior retornando ao Largo de São Benedito, onde haverá Missa Campal, sob a responsabilidade da Equipe de Liturgia da Festividade.


Após a Missa, haverá a apresentação da Marujada, no Teatro Museu da Marujada.

0h – Encerramento da Festividade com dança da Marujada no entorno da Igreja de São Benedito.

31.12.2018 (Segunda-feira) – Apresentação da Marujada
À noite, a Marujada se apresentará no Barracão, com marujos e marujas com traje em azul e branco.

01.01.2019 (Terça-feira) – Dia da Paz e da Solenidade de Maria, Mãe de Deus
08h – Missa Solene em honra a Maria, Mãe de Deus, na Igreja de São Benedito, sob a responsabilidade da Diretoria e Equipe de Liturgia da Festividade. Ao final da celebração, os Juízes da Festividade 2018 passarão os bastões de Juiz e Juíza aos novos Juízes de 2019.

Após a missa, será oferecido um café da manhã para marujas e marujos com traje em vermelho e branco, pelos Juízes da Festividade 2019. Durante todo o dia, apresentação da dança da Marujada.

0h – Despedida festiva da Marujada, no entorno da Igreja de São Benedito.

Realização:
Diocese de Bragança do Pará
Paróquia de Nossa Senhora do Rosário
Irmandade da Marujada de São Benedito de Bragança

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Instituto Santa Teresinha: 80 anos construindo histórias e educando para a vida

Por Dário Benedito Rodrigues*, em 23 de novembro de 2018**.

A história do Instituto Santa Teresinha e a da educação nas regiões de Bragança e do Guamá se confundem desde que a organização eclesiástica da então Prelazia de Nossa Senhora do Rosário do Guamá foi confiada à administração dos padres Barnabitas, tendo à frente o padre Eliseu Coroli, que percebeu o enorme déficit educacional por que passava essa região nas primeiras décadas do século XX.

Imagem 1: Santa Teresinha, patrona do Instituto Santa Teresinha.
 Fonte: Acervo pessoal

Para o padre Eliseu Coroli a educação e a saúde foram questões preocupantes. Nascido na Itália, em 09 de fevereiro de 1900, em Castelnuevo (Piacenza), alimentou desde tenra idade o desejo de se tornar missionário. Aos 11 anos, ingressou na Escola Apostólica dos Padres Barnabitas, em Gênova, cumprindo as escalas normais de formação, chegando logo em 1917 a professar, em caráter perpétuo, seus votos.

Imagem 2: Dom Eliseu Coroli, fundador do Instituto Santa Teresinha.
 Fonte: Acervo IST

Daí, até se tornar sacerdote, faltava pouco. Foi ordenado presbítero em 15 de março de 1924, acoplando o nome “Maria” ao seu, como regra barnabítica. No mesmo ano, em dezembro, vem ao Brasil em missão, ficando no Rio de Janeiro até 1929, como Vice-reitor da Escola Apostólica dos Barnabitas naquela cidade, até ser destinado em 1930 como missionário para a Amazônia, na cidade de Ourém, no Pará. Em 1934, a sede da Prelazia é transferida para Bragança, sendo o Padre Eliseu nomeado seu Administrador Apostólico. Finalmente, chega a Bragança em 05 de agosto de 1938. Dois anos depois, é sagrado Bispo, em 13 de outubro.
Ainda no início, somente com o talento de professores das primeiras letras, Dom Eliseu, sentindo a necessidade de irmãos religiosos que o ajudassem em tão árdua tarefa, mobiliza forças e muita persuasão no alcance das Irmãs do Preciosíssimo Sangue, que começam a trabalhar no mesmo ano.

Imagem 3: Chegada das Irmãs Preciosinas em Bragança.
 Fonte: Acervo IST

A ideia da fundação de uma escola de formação de professoras, em Bragança, surgiu com a falta de pessoas que servissem de catequistas na região da Prelazia do Guamá. Seu primeiro passo de administrador apostólico concretizou a ideia de arranjar auxiliares que preparassem as novas professoras e catequistas. As irmãs Preciosinas, sem dúvida, foram de muita importância neste precioso trabalho.
Até que uma visita inesperada do Prefeito Augusto Corrêa, do Juiz Dr. Duarte Montenegro e do Sr. Lobão da Silveira, suscitou no Padre Eliseu a árdua missão. Logicamente, prometeram-lhe todo o apoio necessário a essa investida. Viagens e visitas foram agenciadas. Dirigiu-se ao Interventor do Pará na época, Sr. José da Gama Malcher, requerendo a equiparação dos cursos Normal e Primário para a sua escola. Com a presença do Padre Afonso de Giorgio, Vigário da Basílica e do Sr. Miguel Pernambuco Filho, Diretor de Educação, ficaram acertados detalhes de praxe a serem cumpridos, e o despacho favorável do então interventor foi publicado no dia 23 de novembro de 1938, data oficial de fundação do Instituto Santa Teresinha, então confiado à Administração Apostólica do Guamá.
Solicitando apoio à sua obra educacional, Pe. Eliseu enviou uma carta a várias famílias noticiando a equiparação da escola e contou com a colaboração das primeiras professoras do colégio - Prof.ª Theodomira Lima e Prof.ª Isabel Ribeiro - que já eram bastante conceituadas em Bragança e que trabalharam de forma voluntária naqueles primeiros passos do Instituto Santa Teresinha.

Imagem 4: A Catedral de Nossa Senhora do Rosário, tendo ao fundo o atual e ao lado direito o primeiro prédio onde funcionou o Colégio Santa Teresinha.
 Fonte: Acervo IST

A partir daí, a tarefa de Padre Eliseu se tornou mais difícil. A manutenção da 3ª Escola Normal do Pará deveria ser uma cruz muito mais pesada. A constituição da primeira turma, a filosofia cristã, a formação cívica, respeitando a época e os costumes, o teor religioso do ensino e a obrigação em obter respostas favoráveis desses primeiros alunos, tudo se constituía num sonho que irá se tornar realidade quando da primeira turma de Normalistas sai também a primeira Missionária de Santa Teresinha, a recém-formada Prof. Edith Almeida de Sousa, também co-fundadora da Congregação.

Imagem 5: Prédio à esquerda, onde por primeiro funcionou o Colégio Santa Teresinha.
Fonte: Acervo IST

Padre Eliseu começa a equipar o educandário com carteiras, móveis e infraestrutura possível naquele tempo, até comprar o prédio da Praça da Matriz em 1939, onde seria a Escola Normal, confiada à proteção de Santa Teresinha, padroeira das Missões, e santa a quem padre Eliseu dedicava expressiva admiração.
A primeira prova da missão realizou-se em 07 de janeiro de 1939, com vinte candidatos. Já no dia 15 de fevereiro começaram as aulas nos cursos Primário e Normal, funcionando em locais diferentes, mas tudo sob os olhares das irmãs Preciosinas e do Padre Eliseu.

Imagem 6: Lançamento da pedra fundamental de construção do prédio do IST em julho de 1940, tendo ao lado direito de Dom Eliseu o então prefeito Augusto Corrêa.
 Fonte: Acervo IST

Dessa forma, começou o primeiro ano letivo, com as matérias de Ditado / Leitura, Composição, Português, Aritmética, Geografia, História, Tabuada e Ciências, que correspondiam ao currículo básico daquele tempo para as séries iniciais. Na segunda, terceira e quarta séries, as matérias eram Linguagem / Redação, Ciências, Ditado, Aritmética, Geografia, História, Geometria, Composição, Leitura, além de Catecismo. Quanto ao Curso Normal, as disciplinas eram Português, Geografia, Religião, Aritmética, Ciências, Prendas do Lar, Francês, Ginástica, Desenho e Canto.
Nesta situação, a Escola Normal passa mais um tempo, até que em 05 de julho de 1940, em meio a uma cerimônia magnânima, é lançada a pedra fundamental do prédio onde funciona o Instituto Santa Teresinha, construído graças a doações e esforços de Padre Eliseu. Com as obras em andamento, a educação é desenvolvida nestes moldes apresentados. Em 1941, já se encontrava preparado o Curso Primário completo, com as suas três séries.

Imagem 7: Prédio do Instituto Santa Teresinha em construção.
 Fonte: Acervo IST

Em meados da 2ª Guerra Mundial, o prédio do Instituto Santa Teresinha é desapropriado para as instalações militares da 8ª Região Militar e do 35º Batalhão de Caçadores. Depois de desapropriado, terminado, vendido e pago, Dom Eliseu entrega o prédio ao Exercito, com muita tristeza, mas confiado na providência de negociações, como a da filha do Presidente Vargas, Ivete Vargas, que desfechariam na devolução do prédio ao já Bispo do Guamá, em 06 de março de 1944. Deste ano em diante, o Instituto Santa Teresinha passou a celebrar ininterruptamente as comemorações do mês de maio.

Imagem 8: Quadro de formatura da primeira Turma do IST de 1943.
 Fonte: Acervo IST

Mas antes disso, em 30 de dezembro de 1943, a primeira turma da Escola Normal recebe o grau de Professor. São eles, pela ordem do convite: Olgarina Vieira, Maria Letícia Sousa, Geralda Almeida, Wilson Sousa, Raimunda Fonseca, Irene Vasconcelos, Maria José Maia, Cirene Vasconcelos, Maria do Rosário Antunes, Arlinda Loureiro, Hilta Sousa, Margarida Pereira, Hilda Gomes, Maria Viganó (religiosa preciosina), Ana Marcy Oliveira, Zarife Sales, Ruth Pereira, Orlandina Lobão e Edith Almeida de Sousa.

Imagem 9: Dom Eliseu, professoras, padres e alunos da primeira Turma do IST.
 
Fonte: Acervo IST

E assim a educação de Dom Eliseu não parou mais. Seus cursos e necessidades de adequação de 1946 foram todos seguidos. Houve a organização do Curso Ginasial, também, em 1946, e a fundação da Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, em 1948, cujo reconhecimento oficial por Roma ocorreu em 1954. Tudo como resultado do processo formativo da primeira turma. O Colégio é, então, o berço das Missionárias de Santa Teresinha.

Imagem 10: Um dos desfiles cívicos do Instituto Santa Teresinha.
 Fonte: Acervo IST

A trajetória da Escola Estadual Santa Teresinha está vinculada ao Instituto, desde sua fundação. De acordo com documentos oficiais, surgiu a Escola Primária em Regime de Cooperação Santa Teresinha, por um de 04 de fevereiro de 1970, firmado entre a Secretaria de Educação do Pará e a Ir. Edith Almeida de Sousa, representante da escola. As atividades iniciais contaram com a oferta de 06 (seis) turmas, 01 (uma) secretária e 06 (seis) professores para atender gratuitamente 180 (cento e oitenta) alunos.
Depois evoluiu para Escola em Regime de Convênio e em 29 de janeiro de 2014, a SEDUC termina o convênio e pela portaria n.º 06 de 2014 autoriza a mudança do nome da escola para Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Teresinha, passando a integrar a rede pública de ensino na esfera estadual, funcionando no prédio do Instituto Santa Teresinha.

Com todas as suas obras, a ampliação do Instituto Santa Teresinha é iniciada, para atender a demanda que crescia na região. A entrega do quarteirão atrás do colégio e o fechamento autorizado da rua datam de outubro de 1949, após muita discórdia em torno do fechamento da rua e da construção do muro que unificou as duas quadras. A nova ala, construída ao lado do prédio e idealizada pelo Padre Luciano Brambilla, auxiliar de Dom Eliseu, só foi inaugurada, porém, em 1974, com todas as suas especialidades reconhecidas: Magistério, Técnico em Contabilidade, Técnico em Saúde, Curso Ginasial, Primário e Jardim de Infância.

Imagem 11: D. Eliseu Coroli e Ir. Edith Almeida e Sousa no pátio interno do colégio.
Fonte: Acervo IST


Foram 15 diretores, sendo:
- Fundador e 1º Diretor: Dom Eliseu Maria Coroli, de 1938 a 1940 (particular).
- 2º Diretor: Padre Luiz Maria Gonzaga Freire de Almeida, de 1941 a 1944 (particular).
- 3ª Diretora: Irmã Clementina Colnago, em 1945 (particular).
- 4º Diretor: Padre Zelindo Maria Saavedra, de 1946 a 1949 (particular).
- 5ª Diretora: Irmã Zarife Noronha Sales, de 1950 a 1957 (particular).
- 6ª Diretora: Irmã Maria Pereira Bragança, de 1957 a 1958 (particular).
- 7º Diretor: Padre Vitaliano Maria Vari, de 1959 a 1960 (particular).
- 8ª Diretora: Irmã Edith Almeida de Sousa, de 1961 a 1989 (particular e no regime de cooperação com a SEDUC).
- 9ª Diretora: Irmã Oneide Freitas Rotterdam, de 1990 a 1995 (particular) e 1990 a 1991 (no regime de cooperação com a SEDUC).
- 10ª Diretora: Irmã Maria da Ascenção Lemos da Silva, de 1996 a 2002 e desde 2011 a diretora atual (particular).
- 11ª Diretora: Professora Vilma de Araújo Pinheiro, de 2002 a 2011 (particular).
- 12ª Diretora: Irmã Francisca Pantoja da Silva, de 1992 a 2011 (no regime de cooperação com a SEDUC).
- 13ª Diretora: Irmã Benedita Vieira de Sousa, de 2012 a 2014 (no regime de cooperação com a SEDUC).
- 14º Diretor: Professor Luís Fernando Pereira Ribeiro, de 2014 a 2016 (no regime de cooperação com a SEDUC).
- 15ª e atual Diretora: Professora Andreia do Socorro Cruz Costa, em exercício desde 2017 (no regime de Escola Estadual da SEDUC).

O Instituto Santa Teresinha nasceu sob a autoridade da Administração Apostólica do Guamá, logo depois Prelazia do Guamá. Em seguida, no ano de 1951, passa a ser propriedade da Congregação dos Barnabitas. Somente em 1966, o Superior Geral dos Barnabitas, Padre Giovanni Bernasconi, doa o Instituto Santa Teresinha às Irmãs Missionárias, como forma de garantir a sustentação da congregação, e a título de justiça pelos seus relevantes trabalhos neste Colégio, que desde lá vem se esmerando na aplicação fiel da sua filosofia de que “educar não é somente instruir; é preparar para a vida!”, propósitos do próprio Dom Eliseu Maria Coroli, o grande responsável por essa obra magnífica nos rincões da Amazônia.

E essa história vem sendo escrita, contada e homenageada em 80 anos de contribuição à Educação do Instituto Santa Teresinha, um legado a celebrar, uma parte inconteste da História de Bragança.

Dário Benedito Rodrigues é bragantino, ex-aluno e ex-professor do Instituto Santa Teresina. Historiador, pesquisador e docente da Faculdade de História na Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança.

** Observação importante: Qualquer publicação desse material sem a prévia consulta ao autor não está autorizada e se constitui em crime sujeito às penalidades da legislação brasileira.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

LUTO, em memória do Prof. Horacio Schneider (*15.05.1948, +27.09.2018)

Horacio Schneider é uma pessoa do tempo, que hoje se imortalizou na memória por tudo o que fez e pelo legado que deixa à ciência e à humanidade. Na madrugada desta quinta-feira, dia 27 de setembro, em Fortaleza, o Prof. Horacio descansou após uma brava luta por sua saúde.

Prof. Horacio Schneider na UFPA. Fonte: Alexandre de Moraes

Neste dia de sua partida, retomo as muitas memórias vividas desde a Graduação em História na UFPA Bragança, quando naquela oportunidade travamos lutas pela Universidade e conquistamos, além da amizade, respeito e parceria com ele, as muitas vitórias ao Campus de Bragança, mesmo estando em lados diferentes pelos contextos da época. Imortal pela obra científica, o Prof. Horacio Schneider será inesquecível por tantas qualidades, méritos e pela fidelidade de sua amizade.
Boa parte da história do nosso Campus Universitário de Bragança (UFPA) em muito se confunde com a trajetória do grupo de pesquisa que ele consolidou na região. Ele esteve em Bragança quando da instalação do então Núcleo Universitário, em 1987, na função de Pró-Reitor de Planejamento na gestão do Reitor Prof. Seixas Lourenço. E em 1998, quando assumiu, em meio a uma crise institucional a Coordenação do Campus e em seguida a fundação do Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) e o nascimento da Pós-Graduação no interior. E daí, a memória de tudo que foi construído teve uma marca de sua liderança, gestão e de tantos pormenores, vitórias, conquistas, zelo, carinho e presença em muitos momentos. Por tudo isso, recebeu o título de Cidadão Bragantino, da Câmara Municipal de Bragança.

Prof. Horacio Schneider na instalação da UFPA em Bragança. Fonte: Acervo pessoal

Pessoalmente, devo muito ao Prof. Horacio pela ajuda administrativa inconteste à gestão da Faculdade de História (2012-2016) e pelo apoio aos nossos projetos dos mais variados tipos e alcances, sempre atencioso, solícito e ajudando a compreender contextos e lutar pelo melhor. Sua carreira acadêmica é um exemplo para muitos de nós, professores e todas as homenagens e reconhecimentos por ele recebidas são partes desse legado. Sua luta em defesa da democracia no Brasil e pela pesquisa científica também serão marcas e lições que nos deixa Horacio Schneider.

Com Prof. Horacio Schneider e Prof.ª Iracilda Sampaio em evento na UFPA. Fonte: Acervo pessoal

As saudades serão sentidas por essa passagem brilhante pela vida, por seu carinho aos amigos, por sua responsabilidade e até mesmo por seu afastamento que permitiu que outros líderes acadêmico-científicos pudessem ser formados. Em todos os momentos, ele esteve presente! E Bragança será sempre muito agradecida a tudo o que ele desenvolveu. A Prefeitura Municipal de Bragança, em reconhecimento à sua inconteste contribuição à Ciência e à Educação em nossa cidade, decretou luto oficial em memória do Prof. Horacio Schneider.

Prof. Horacio Schneider no Campus de Bragança. Fonte: Horacio Schneider/Iracilda Sampaio

Em nome do Campus de Bragança, prestei uma humilde homenagem pública na cerimônia em que ele assumiu interinamente a Reitoria da Universidade Federal do Pará, em 2016, no Centro de Eventos Benedito Nunes, quando ao som da rabeca de Bragança executada por nosso discente Gênesis Santos, declamei Canção de Amor Puro a Bragança (de Jorge Ramos, maio/1952). Prof. Horacio será, como diz o poema, uma árvore desta terra para sempre, pois como disse a ele

“Ser árvore desta terra é o meu maior destino
ficar nela sentindo que dela tudo virá:
a seiva clorofiliana que me circula nas veias
o Amor, que constrói e dignifica,
a União, que eleva e anima
e a Paz, que consola e faz sonhar”.

Hoje, rezo por ele com minha mãe Socorro Rodrigues, agradecido por tanto que fez e muito consternados externamos sinceras condolências à sua família enlutada (esposa Iracilda Sampaio, filhos e netos) e à comunidade acadêmica que perde um grande pesquisador, educador e cidadão.

Com o Prof. Horacio Schneider na Vice-Reitoria da UFPA. Fonte: Alexandre de Moraes

Ele fará agora parte da nossa memória, onde já estão muitos dos nossos queridos. Obrigado por tudo, meu querido amigo Prof. Horacio Schneider.
Descanse em paz!

Prof. Dário Benedito Rodrigues e Socorro Rodrigues

Resumo da trajetória acadêmica de Horacio Schneider: Prof. Horacio Schneider nasceu em 15 de maio de 1948 na cidade de São Paulo (SP). Graduou-se em Licenciatura em Ciências Biológicas pela UFPA em 1974. Em 1976 concluiu o Mestrado e Doutorado na UFRGS sob orientação do Dr. Francisco Mauro Salzano. Em 1990 realizou estágio de pós-doutoramento na Universidade de Stanford sob orientação do Dr. L. Cavalli-Sforza. Coordenou convênio de cooperação internacional CNPq-Fundação Nacional de Ciências (NSF-USA) com Dr. Morris Goodman da Universidade Estadual de Wayne (WSU-Detroit, Mi, USA). Realizou três visitas a WSU de três, cinco e seis meses, durante o biênio 1992-1993.
Foi bolsista do CNPq durante a Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Realizou estágio sênior com bolsa do CNPQ no período de janeiro-julho de 2005 na Universidade de Nebraska (Lincoln, NE, USA). Foi chefe do Departamento de Genética em vários períodos; foi pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFPA no biênio 1985-1987; vice-coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA 1992-1993; coordenador do Campus de Bragança de 1998 a 2000; primeiro Diretor do Instituto de Estudos Costeiros do Campos de Braganca-UFPA (2008-2009).
Foi Bolsista Pesquisador nível 1B do CNPq. Professor Associado nível IV do Instituto de Estudos Costeiros do Campus de Bragança da UFPA. Vice-Reitor da UFPA (2009-2017). Foi também coordenador do Programa Instituto do Milênio do MCT/PADCT/CNPq Núcleo de Estudos Costeiros, sediado em Bragança (PA) de 2002 a 2005 e coordenador do convênio de cooperação internacional Brasil x Alemanha, chamado MADAM (2000-2005).
Foi membro do conselho da SBPC de 1982 a 1989, tesoureiro da Sociedade Brasileira de Genética de 1988 a 1990, presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia (1991-94. presidente da Sociedade Brasileira de Genética (2000-2002; 2006-2008), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Genética (2002-2004). Foi sócio titular de várias sociedades científicas brasileiras: Sociedade Brasileira de Genética, SBPC, Sociedade Brasileira de Primatologia, Sociedade Internacional de Primatologia (IPS), Sociedade Latina Americana de Primatologia e Sociedade Americana para o Avanço da Ciência.
Foi membro da CORPAM, na qualidade de representante dos pesquisadores com notório saber sobre a Amazônia, e representante da comunidade científica Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Foi membro titular do conselho do PRONABIO e suplente do conselho da BIOAMAZÔNIA. Foi membro do comitê assessor do CNPq da área de Genética no período 2003-2006. Foi indicado pelo Ministro de Ciência e Tecnologia para a vice-presidência da CTNBio em dezembro de 2005. Foi indicado pelo MCTI membro do Comitê Gestor do Programa PROSUL em 2012.
Em 2002 foi eleito membro titular da Academia Brasileira De Ciências, tendo sido no mesmo ano agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito Científico Nacional. Em 2010 foi promovido a classe de Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico Nacional. Foi orientador dos cursos de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular e Biologia Ambiental da Universidade Federal do Pará (UFPA), e do de Zoologia do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), tendo orientado dezenas de dissertações de Mestrado e teses de Doutorado.
Atualmente era orientador de quatro teses de Doutorado e três dissertações de Mestrado. Publicou cerca de 120 artigos científicos em revistas de circulação nacional e internacional, oito capítulos de livros e três livros sobre Métodos de Análise Filogenética. Publicou mais de 150 resumos em encontros nacionais, vários em encontros internacionais, participou de quase uma dezena de simpósios nacionais e internacionais, proferiu conferências como convidado na Wayne State University (Detroit, Michigan, EUA); Smithsonian Institute (Washington, EUA), Regional Primate Center da Wisconsin University, (Madison, Wi, EUA), University of Texas (Houston), NYCEP (NY) Nebraska, Lincoln. ZMT-Alemanha, entre outros. Sua área de pesquisa principal está ligada à Evolução de Vertebrados em Geral e dos Primatas e Genética de populações animais.
Seu mais recente trabalho foi a publicação da nova edição do livro “Métodos de Análise Filogenética”, deste ano, pela Chiado Editora.

Prof. Horacio Schneider na posse da Direção do IECOS Bragança, em 2018. Fonte: Acervo pessoal

Nota da Reitoria da Universidade Federal do Pará: A Reitoria da Universidade Federal do Pará comunica, com enorme tristeza, o falecimento do Professor Horacio Schneider, ocorrido hoje, 27/09, em Fortaleza. O velório será realizado a partir das 9h de amanhã, sexta-feira, 28/09, no Memorial Max Domini (Av. José Bonifácio, 1550). Uma das mais expressivas lideranças acadêmicas e científicas da Amazônia e do país, o Professor Horacio Schneider exerceu diversas funções na UFPA, incluindo as de Reitor em exercício, Vice-Reitor, Pró-Reitor de Planejamento e Diretor do Instituto de Estudos Costeiros do Campus de Bragança, sempre acumulando o respeito e o carinho de toda a comunidade. Na atual gestão, exerceu a função de Pró-Reitor de Relações Internacionais e colaborou com diversos projetos estruturantes para a UFPA. Formou várias gerações de pesquisadores e contribuiu para a nucleação de novos grupos de pesquisa em instituições da Amazônia. Foi laureado com a Comenda Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico nacional. Presidiu a Sociedade Brasileira de Genética e a Sociedade Brasileira de Primatologia. Integrou o Comitê Assessor da Área de Ciências Biológicas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Bolsista de Produticidade 1B do CNPq e Professor Titular do Instituto de Estudos Costeiros do Campus de Bragança da UFPA, o Prof. Horacio Schneider deixa um legado ético e intelectual de valor inestimável, que certamente inspirará as gerações futuras de pesquisadores amazônidas. A Reitoria da UFPA manifesta profundo pesar e a sua solidariedade aos familiares e aos amigos do Prof. Horacio Schneider. Determina, ainda, o luto oficial de três dias na instituição.

Notícia no site da UFPA sobre Horacio Schneider

Última selfie com Prof. Horacio Schneider e docentes da UFPA Bragança, em 2018. Fonte: Acervo pessoal

Portaria do Campus Universitário de Bragança em luto por Horacio Schneider

Portaria do Campus de Bragança em luto pelo Prof. Horacio Schneider. Fonte: Campus de Bragança

Entrevista do Prof. Horacio Schneider ao Projeto Universidade Multicampi, pelos 25 anos de Interiorização da UFPA, coordenado pela Prof.ª Edilza Fontes, em 2011.

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