domingo, 16 de agosto de 2015

Bragança perde Cirene Maria da Silva Guedes (*24.11.1941, +16.08.2015), sua poetisa contemporânea

Foto: Cirene Guedes (2012). Fonte: Acervo pessoal 

A cultura de Bragança está de luto!

Bragança perdeu neste domingo 16 uma de suas maiores intérpretes, a poetisa Cirene Guedes, conhecida e reverenciada por tantos como a poetisa da contemporaneidade bragantina. Uma das escritoras e compositoras de grande produção ainda nesses tempos, Cirene traduzia a sua paixão por Bragança em poesia e em música, sendo autora de hinos, cânticos e muitos poemas que deixarão incólume seu legado.
Sua última publicação foi o livro de poesias Bragança (A Pérola do rio Caeté) "Poemas Molhados", com o apoio da Academia Bragantina de Letras e Artes de Bragança, onde ocupava a cadeira de n.º 6, cujo patrono é Dom Eliseu Maria Coroli. O livro já foi lançado sem a sua presença na última sexta-feira, no Restaurante Benquerença, por motivo de saúde.


Foto: Cirene Guedes e sua obra Poemas Molhados. Fonte: Francisco Weyl (Facebook)

Cirene Guedes era de Ourém (PA), nascida na localidade de Tentugal, em 24 de novembro de 1941, filha de Severino Guedes de Araújo e Laura Alves da Silva. Perdeu a mãe com 1 ano e 3 meses de vida, passando a ser criada pelos tios Odorico Alves da Silva e Maria Augusta Alemida e Silva. Veio morar em Bragança aos 4 anos de idade, onde trabalhou e fez a sua vida, atuando como professora e comunicadora. Exerceu por mais tempo a função de bancária do Banco do Estado do Pará (BANPARÁ), sempre dedicada às coisas da terra querida, sua amada Bragança. Faleceu aos 74 anos por diversas complicações, em Belém (PA), na Clínica da UNIMED (Trav. Domingos Marreiros), às 17h.
Reconhecidamente carinhosa e possuidora de talento especiais, que a tornaram ímpar, Cirene também era como mãe de muitos artistas, além daqueles que tomou por filhos e netos. Sua única filha Laurilene Guedes, faleceu muito jovem, considerada a maior perda de sua vida. Era considerada mãe de Ricardo Augusto (pai de Ricardo e Ana Laura) e Edilelza Gercina (mãe de Jesiel Júnior e Amanda Quadros).

Descanse em paz, grande amiga e poetisa. Nosso pesar e nossas condolências à família enlutada. Sentiremos muitas saudades. Ouviremos suas canções e leremos seus poemas com olhos lacrimosos. Até breve!

Prof. Dário Benedito Rodrigues, historiador

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Patrimônio Histórico bragantino abandonado... parte 1

O que deveria ser um orgulho e identidade do povo bragantino e daqueles que adotaram a cidade como seu lugar se transforma numa grande mágoa e mancha na história recente de Bragança. Nada se fala acerca da possibilidade de restauro ou qualquer projeto de recuperação deste estado de abandono.
Os prédios públicos do Palacete Augusto Corrêa e da Casa da Cultura encontram-se literalmente abandonados, em claro processo de depredação, senão pela falta de lembrança dos que precisam lutar para a sua conservação, mas pela ação do tempo, que não tarda em destruir o que outrora era elegância e garbo.
Apelo a todos aqueles que puderem que nos ajudem a recuperar esses belos exemplares da arquitetura do início do século XX para a posteridade e para a memória do povo bragantino. A imprensa em geral não divulga isso. Alguns representantes dos poderes constituídos sequer pautam essa discussão.
Não existe mobilização de nenhum ente neste sentido. Só conversas, discursos e muito “blá-blá-blá”, como os que vão aparecer depois dessa postagem. Então, o meio acadêmico faz seu papel estudando o patrimônio histórico e dando a conhecer parte de seu passado e da sua importância no tempo.
Precisamos de ajuda dos interessados no Patrimônio Histórico e Cultural bragantino, para discuti-lo, conhecê-lo, conservá-lo e a partir dele deixar um legado bom para o futuro.

Prof. Dário Benedito Rodrigues, historiador

Abaixo, um resumo simples com a descrição do prédio. As fotos são de julho de 2015. Notem os detalhes.

Palacete Augusto Corrêa
O Palacete Augusto Corrêa é um prédio em alvenaria, localizada à frente da Praça Antônio Pereira. Seus alicerces, em pedra, foram feitos em estilo português e neoclássico, obedecendo a um padrão da assim chamada Belle-Époque amazônica. Foi inaugurado entre os anos de 1902 ou 1903 e funcionou como sede do Poder Executivo municipal.



Fotos: Dário Benedito Rodrigues, Acervo pessoal (2015)

Casa da Cultura
A Casa da Cultura foi adquirida pela família de José Paulino dos Santos Mártyres em 03 de novembro de 1900, comprada do casal Simpliciano Fernandes de Medeiros e Mariana Mártyres de Medeiros. Funcionou muitos anos como sede da Fundação Cultural de Bragança, da Associação Cultural e Recreativa de Estudantes de Bragança – ACREB, do Auditório e Salão Padre Vitaliano Vari e da Biblioteca Pública De Castro e Souza.


Fotos: Dário Benedito Rodrigues, Acervo pessoal (2015)