domingo, 2 de outubro de 2011

Restaurar a memória é preciso (da Folha do Atlântico)

Por José Clemente Schwartz

A comemoração dos 400 anos de Bragança e a restauração do prédio da Escola Mâncio Ribeiro foram as pautas principais da reunião entre o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, a deputada Simone Morgado e o historiador Dário Benedito Rodrigues.

O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, a deputada Simone Morgado e o historiador Dário Benedito Rodrigues reuniram na segunda-feira, dia 19 de setembro, atendendo a uma audiência proposta pela parlamentar, para tratar de perspectivas em relação à comemoração dos 400 anos da ocupação europeia em Bragança bem como alguns pleitos relacionados ao Patrimônio Histórico e projetos para a recuperação de prédios em Bragança.

Mâncio – Na audiência, a deputada Simone Morgado solicitou a restauração do prédio da Escola Estadual Monsenhor Mâncio Ribeiro, que desde 2007 vem sofrendo um processo de depredação e chegando às ruínas. Simone apresentou um dossiê do estado atual do prédio anexando fotos e matérias sobre a degradação do palacete que faz parte do patrimônio histórico bragantino. O secretário de Cultura manifestou interesse institucional pela restauração do prédio e confirmou que irá fazer um estudo detalhado do prédio e construir o projeto para sua total restauração e readequação. O prédio é de propriedade da Secretaria de Estado de Educação e desde 2007 foi objeto de diversas solicitações por seu restauro feitas pela deputada bragantina. Após a conversa sobre a urgente necessidade de restaurar o prédio da Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro, o secretário e a deputada trataram sobre comemoração dos 400 anos de presença europeia em terras da região bragantina. Foi então que o historiador Dário Benedito Rodrigues explanou de forma objetiva o assunto, munido das fontes que apontam o mês de julho do ano de 1613 como um dos marcos iniciais dessa ocupação e tentativa de colonização francesa em terras da bacia do rio Caeté, a partir dos relatos do padre e missionário jesuíta Yves Devreux, que narrou as viagens de Daniel de La Touche após a saída de São Luís, fundada em 1612. O historiador expôs ainda a necessidade da parceria do Governo do Estado e da Secretaria de Cultura do Pará com a preparação de uma agenda de trabalhos e ações coordenadas em alusão ao 4º centenário de Bragança.

Pesquisa – Paulo Chaves propôs uma reunião entre historiadores que procedem a estudos do período colonial para apontar com maior clareza e a partir de dados frutos de pesquisas acadêmicas na área, a ser convocada para o mês de setembro ou outubro a fim de explicar esse processo de ocupação francesa na Amazônia que se iniciou por Bragança. A Secretaria de Cultura do Estado deverá manter contatos com a deputada Simone Morgado e com o Prof. Dário Benedito Rodrigues para a convocação dessa reunião e a proposta de construção de um seminário temático sobre o assunto.

Fonte: Jornal Folha do Atlântico, Edição 78.

Foto: Guilherme Torres

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