Adam Smith – meu filho e meu melhor amigo de patas e pelos - fez parte
de momentos importantes da minha vida em várias oportunidades e as pessoas de
meu convívio podem testemunhar nosso carinho, conexão, companheirismo e amor.
Adam nasceu em Belém (PA) no dia 04 de outubro de 2011, no
Dia de São Francisco de Assis e Dia Mundial dos Animais. Este cão foi um
presente de meu irmão Jocelino Filho, que o trouxe para casa no dia 17 de
janeiro de 2012. O nome Adam já havia sido dado e eu complementei com Smith, em
homenagem ao famoso filósofo e economista escocês (Adam Smith, 1723-1790). Quando
chegou, percebi algumas ranhuras de maus tratos, superados pela atenção e pelo
amor incondicional que passei a dar a ele durante esse tempo todo.
Adam sempre viveu em casa, sempre dócil, muito amado e
cuidado de maneira exemplar. Nunca fugiu, nunca agrediu nenhuma pessoa, nunca
demonstrou sentimento de raiva por nada, só não gostava de barulho e manobras
de skate. Não deixou nenhum descendente. Marcou a vida recente de minha casa e
de meu convívio social, sempre com o seu carinho e com a sua presença. Seu
latido não era somente um som grave e rouco, mas era a certeza da alegria, da
proteção e do seu amor.
Tinha um senso de domínio sobre o seu território que me impressionava
sempre e a todos ao meu redor, devido à proteção que deu durante os sete anos que
viveu conosco. Ele era o dono do quintal, literalmente. Em algumas situações, é
de se esperar que o cuidado e o carinho que se tem pelos animais recebam sérias
e duras críticas, porém, ao cuidarmos de um cão, também estamos colaborando com
a mãe Natureza, obra de Deus. Cães não amam com preconceitos, orgulho ou
interesse, apenas amam, não calculam consequências para estarem com seus donos
com lealdade e carinho.
Adam Smith fará parte dessa parte boa da minha história e
da memória que guardarei para sempre.
O
que houve?
Adam adoeceu algumas vezes, sendo muito
bem tratado pela médica veterinária Marcielly Reis, que o amava também. Na
manhã de hoje, 11 de maio, ele realizou um procedimento de retirada e cauterização
de um hemogioma na região do olho esquerdo, retirada e cauterização de uns pólipos
nos dois ouvidos e uma carne crescida na gengiva de um dente do lado esquerdo
da boca, para evitar danos e doenças futuras.
Os hemagiomas são angiomas, tumores vasculares benignos
causados pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos. E nós realizamos de
maneira responsável e cuidadosa todos os detalhes do procedimento, exames
laboratoriais, pesagem, aplicação correta de todos os medicamentos e com
bastante responsabilidade, atenção e cuidado da veterinária.
Eu acompanhei todo o procedimento, com meu amigo e compadre
Alef Brito. Em seguida, Adam Smith foi acordando normalmente, mesmo tonto da
sedação e anestesia que recebeu e que foi em dose bem abaixo do seu peso e do
seu tamanho. Não demonstrou nenhuma agonia ou espasmos. Tudo estava muito
tranquilo. Mas, por volta de 20h30 ele começou a ter uma súbita queda de
pressão, e sua respiração ficou bastante ofegante. Depois ele pareceu desfalecer.
E às 20h49, de forma muito serena, seu coração parou junto com a sua
respiração. Tentamos reanimá-lo, mas sem sucesso. Estava ao lado dele o tempo
todo e sua veterinária também.
Agradeço imensamente o trabalho da médica veterinária
Marcielly Reis, além dos amigos meus e do Adam, em especial à minha mãe Socorro
Rodrigues, meus amigos Neto Pereira, Rosalinda, Keyla Alessandra, Ryan Afonso,
Alef Brito, Thiago Oliveira, Ítalo Costa, Higo Tadeu e Rafael, que de alguma forma
se envolveram com todo esse processo prestando seu valoroso apoio e pesar
durante esses anos todos. Agradeço também aos proprietários de pet shops que
sempre cuidaram do meu cão, banhando-o, consultando-o e lhe dando todo carinho
com responsabilidade e muita presteza.
A tristeza que fica
se deve à saudade que sentirei e à memória que guardarei a partir de hoje, por
isso faço esse agradecimento a quem ajudou meu Adam. Seu corpo foi enterrado às
22h49 quintal, em local marcado. Fica em meu coração essa enorme saudade, junto
à mensagem do escritor mineiro Guimarães Rosa para reflexão: "Se todo
animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?"
Assim, agradeço a todos que amaram Adam Smith durante essa
vida. Muito obrigado e que Deus sempre os favoreça.
Origem da raça
Sabe-se que a raça origina-se da Roma antiga onde
desempenhava a função de boiadeiro de tribos indígenas. Os cães foram usados
para conduzir o gado, que serviria de alimento aos soldados, durante a
expedição de conquista do exército romano a um local chamado “Araé Flaviae”,
que corresponde a uma região do sul da Alemanha, aproximadamente em 74 d.C.
Nesta ocasião também se teria descoberto as qualidades de
guarda, pois a eles era acumulada a tarefa de vigiar os suprimentos durante a
noite. Cerca de 260 d.C., os swabianos desalojaram os romanos da cidade,
tomando conhecimento da raça e mantendo a utilização dos cães boiadeiros.
Descobriu-se também, antecessores do rottweiler nos séculos III e IV como
companheiro e protetor do homem. Em torno de 700 d.C. o duque local construiu
uma igreja cristã no local de uma antiga instância termal romana. Em escavações
recentes foram encontradas telhas, em terracota vermelha, típicas das antigas
vilas Romanas. Para diferenciar de outras cidades, os arqueólogos denominaram o
local de “Das Rote Wil” (A Telha Vermelha), denominação essa que é conhecida
como sendo a origem da atual rottweil.
A cidade de Rottweil, no estado de Wurttemberg, ao sul da
Alemanha, era o local onde Metzgerhund (cão de açougueiro), como era conhecido,
aparecia com maior frequência. A hegemonia de Rottweil como um centro de
cultura e comércio consolidou-se em meados do século XII. Os descendentes dos
cães pastores romanos trabalharam no auxílio do comércio de gado até meados do
século XIX, quando a utilização de cães para conduzir gado tornou-se fora da
lei. Nessa época, as tarefas do Metzgerhund mudaram para cão de tração, tendo
sido utilizado como tal até ser substituído pelo jumento quando surgiram as
rodovias.
Era conhecido, então, como cão de açougueiro de Rottweil,
mais tarde, abreviando, foi chamado “o cão de Rottweil” como é conhecido até
hoje. Em alemão: rottweiler. Esses cães pertenciam a classes trabalhadoras que
tinham grande dificuldades para alimentá-los. Como sua função havia sido
severamente reduzida e ele era grande demais para ser usado como cão de
companhia, a raça começou a passar por grandes dificuldades. O número de
rottweilers declinou tão radicalmente que em 1892 a exposição de Heilbronn, na
Alemanha, registrou somente um pobre exemplar da criação presente. Os anais da
Cinologia não fazem referência da criação até 1901 quando foi formado o
Leonberger Klub que teve vida curta, porém notável, pois pela primeira vez foi
descrito o rottweiler em forma de padrão de raça. Nessa época foram iniciados
os primeiros movimentos para sua utilização no serviço policial.
Graças a sua prodigiosa inteligência, caráter firme,
temperamento forte e coragem frente ao perigo, além das qualidades físicas, se
tornou um dos cães ideais para tal serviço. Em 14 de agosto de 1921 foi fundado
o Algemelner Deutscher Rottweiler Klub e.V. (ADRK). Finalmente, em 1924, o ADRK
publicou o primeiro Zuchtbuch (Stud Book) da raça.
Informações adicionais: por Daniella Freire, do canil Berg Donner. http://www.saudeanimal.com.br/artigo85.htm
Sinto muito, Dário, que Deus lhe dê forças para acalmar a saudade que ficará. Dói muito perder um filho de quatro patas, mas as lembranças alegres dos anos de convivio alegram o coração. No céu dos cães há uma nova estrelinha. Abraço fraterno, querido.
ResponderExcluirLinda demostração de amor meu nobre!
ResponderExcluirIsso que é amor de verdade.
ResponderExcluirParabéns pelo site, muito legal conheer vocês.
ResponderExcluirRottweiler é mesmo muito parceiro, amigo de verdade.
Queria convidar vocês a conhecerem meu site, eu posto muita informação, dúvidas e curiosidades.