Reunidos no Marujo’s Hotel, após o Café da Manhã, gestores/as e técnicos/as de várias secretarias municipais ouviram as explanações que fiz acerca do projeto de comemorações do 4º centenário de conquista do território de Bragança (antiga Capitania do Cayté e Gurupi) ocorrido no século XVII por conta da tentativa francesa de estabelecer um pólo de colonização no Norte do território da Colônia Portuguesa (hoje Brasil).
O objetivo do projeto em tela é deixar um legado positivo para as gerações futuras, mais precisamente no âmbito das comemorações de 400 anos a serem realizadas no mês de julho de 2013 e as 111 ações elencadas e muitas delas já em andamento tem o enfoque nos setores de Eventos, Infraestrutura, Marketing, Fortalecimento da Diversidade Histórica e Cultural e Desenvolvimento (Planejamento, Educação, Ciência, Saúde, Economia e Tecnologia).
Na explanação, mostrei parte dos escritos do padre Yves D’Evreux, que relatou em seu diário, que virou o livro Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614, especialmente a passagem em que o padre narra a saída de São Luís à chegada ao território da então Capitania do Cayté (ou Caieté, como na grafia da época).
Uma dúvida que paira se reporta à questão da data exata, o que não foi possível precisar, já que D’Evreux a deixa em aberto, pois a expedição de Daniel de La Touche (La Ravardière) permaneceu por mais de um mês no local onde hoje é o território de Bragança, aprisionou índios cativos, se abasteceu com mantimentos e seguiu viagem.
Os setores mais envolvidos nas propostas que foram apresentadas são os de Cultura (com ênfase à História e Patrimônio Histórico em geral), Turismo, Educação e Desenvolvimento. O próprio prefeito Edson Oliveira ressaltou a necessidade de que sejam construídos todos os projetos, cumprindo prazos e entregando as propostas a serem debatidas com a comunidade até fevereiro de 2012, a fim de que sejam captados recursos para a sua execução.
Os projetos contam com o apoio do Governo do Estado do Pará e da deputada estadual Simone Morgado (PMDB/PA), além de todos os interessados em participar. Daqui por diante, serão formadas comissões no grande Comitê Gestor que deverá levar à frente as celebrações dos 400 anos de Bragança e envolver todos os setores da sociedade em prol desse marco da História local e regional.
Dário, muito boa iniciativa sobre em se pensar em um planejamento para um acontecimento histórico que será os 400 anos de Bragança. Mais, devemos lembrar e ressalvar que não adianta pensar no futuro sem que se pense no atual presente. Por exemplo: Como anda a educação, Segurança e Saúde Pública em Bragança? Como anda a gestão Pública em Bragança? Vamos bem perto da realizada, "Os prédios históricos que foram esquecidos pela gestão Pública" Eis, alguns tópicos que não devem ser esquecidos e que devem ser prioridade para qualquer gestor público ou até mesmo privado. Desta forma entendo que qualquer que seja o planejamento, os 400 anos deverá ficar marcado na história de Bragança.
ResponderExcluirAbraço.
Alano Oliveira
Pois Alano, é nesse sentido que a proposta se apresenta. Faço uma ressalva a partir de seus comentários: o Município de Bragança construiu com a participação de diversos setores da administração o Projeto PAC das Cidades Históricas que fez o levantamento de todas as necessidades de restauro, requalificação e readequação de imóveis de referência histórica e apresentou essas demandas aos governos estadual e federal desde 2009/2010. Os recursos estão empenhados e representarão um marco para o que podemos guardar às gerações futuras. Isso não anula, logicamente, a carência de atitude diante da situação de muitos prédios em Bragança. Muitos deles são de particulares, outros já tombados, muitos com exemplos de conservação e outros com sérios problemas estruturais. A maioria pertence a particulares ou não pertence ao patrimônio público municipal, no sentido de propriedade e posse. É preciso, agora, agregar valores a esses projetos, chamar a atenção de todos/as, sensibilizar a infância e a juventude e dar nova vida ao passado que esses imóveis representam para a cidade. Aguardo suas sugestões. Obrigado pelas lúcidas colocações. Abraços fraternos de Bragança. Dário Benedito Rodrigues
ResponderExcluirPostagem do Blog do Maurício Ribeiro.
ResponderExcluirhttp://mauricionews.blogspot.com/2011/10/encontro-debate-planos-para-os-400-anos.html
Parabens Dário pela iniciativa... também gostaria de sugerir idéias que possam somar com as que já por ventura estejam sendo elucidadas.
ResponderExcluirGostaria de tocar na questão ambiental... existe algo nesta área elencado na proposta?
Todos nós sabemos que nossa cidade está em pleno desenvolvimento em vários aspectos...e o crescimento urbano é consequencia disso, porém, quando não planejado, passa a ser problema social e principalmente ambiental. No entorno da sede do Campus da UFPA-Bragança temos um exemplo gritante desta realidade que contrasta com o esforço da administração pública municipal em manter o mirante de São Benedito como um dos principais pontos turísticos de Bragança. Esta idéia está ameaçada pela vista deplorável que temos quando contemplamos nossa querida cidade deste admirável local. A construção desordenada de moradias em áreas de mangue, a falta de organização lastimável da feira livre e a poluição crescente do majestoso rio Caeté são assuntos recorrentes entre os brangantinos apaixonados e preocupados com esta terra.
Espero que nossos representantes olhem com carinho estes pontos e, que sejam deliberadas ações concretas para solucionar estes e outros problemas afins.
Estamos dispostos a colaborar... abraços...
As propostas apresentadas para a comemoração dos 400 anos estão divididas por áreas temáticas, ações pontuais e planejamento do que pode ser feito. O meio ambiente é uma questão que envolve diversos esforços, sobremodo na Educação, pois lá está a base de formação fundamental do cuidado e do respeito que precisa estar na cabeça das nossas crianças, adolescentes e jovens. É mudar mesmo os costumes e os hábitos ruins de degradar, de devastar, de sujar e de não se sensibilizar com tanto lixo, com o descaso, enfim, com as questões de sustentabilidade.
ResponderExcluirEntre os projetos (111 ações para serem discutidas, planejadas e melhoradas) está contemplado uma parte específica no segmento ambiental. O que propus, a princípio, foi um plano de reordenamento territorial, para que áreas (como essa, inclusive!) sejam protegidas do impacto e do adensamento populacional e habitações irregulares.
Quanto ao tratamento do rio Caeté é um projeto macro, que dependerá, infelizmente, de acertos e parcerias com órgãos federais e estaduais, além da fiscalização perene sobre as ameaças que constantemente vem sofrendo. A burocracia e a legislação estão ainda entre os entraves e possibilidades de ação.
Sobre a mobilização das pessoas diante da proposta (pois teoricamente é isso que existe!) devemos fazer todos juntos, já que não é possível dar significado de cuidado por Bragança a muitos (e sabemos quem são, por certo...) que não entendem porque lutamos, qual o valor de Bragança, em quais bases podemos vislumbrar o seu desenvolvimento e como agir para deixar um legado positivo aos nossos descendentes.
Conto com a sua participação efetiva e ativa nesse caso, sugerindo que esteja disponível em algumas oportunidades para te apresentar pessoalmente o que pensei e o que está sendo feito.
Agradeço, de coração, as lúcidas observações e as sugestões e me comprometo a inserí-las nas propostas a serem debatidas e planejadas.
Um abraço grande,
Dário