A celebração do
encerramento do 60º Aniversário da Congregação das
Irmãs Missionárias de Santa Teresinha ocorrida ontem marcou uma
página de memória na vida religiosa bragantina, na vida de muitos que convivem
com a congregação e na trajetória de tantas mulheres que dedicam seu tempo para
a vida consagrada.
Como alguém
que de perto conviveu possivelmente nos últimos 25 anos, pude participar desse
momento, com minha mãe e alguns alunos. E não fui de professor, de historiador.
Fui como filho teresiano, grato pela educação que recebi, afinal poucos como eu
tiveram o privilégio de estudar no Instituto Santa Teresinha tendo uma bolsa de
estudos que me permitiu ser um dos alunos deste Colégio.
Foto 1:
Liturgia da Palavra.
E começou ao
entrar na Catedral para a missa solene. Estavam na catedral alguns padres Barnabitas (Clérigos Regulares de São Paulo),
padres diocesanos, irmãs Preciosinas (Irmãs
do Preciosíssimo Sangue), muitos leigos teresianos, antigos alunos e
professores como eu (fui aluno do IST entre 1980 e 1982, 1988 e 1994 e
professor do IST entre 2003 e 2009) além de muitas, muitas Missionárias de
Santa Teresinha.
Ao chegar, o clima
orante da liturgia me transportou aos anos de infância e adolescência quando
das missas do dia de Santa Teresinha (1º de outubro), dos meses de maio, das
festas do Colégio. Senti-me um menino de novo, querendo ver tudo, para registrar
tudo.
E não se
passou tanto tempo desde aquela época. Tudo está ainda muito vívido na minha
memória. Recordo em particular desses momentos solenes, onde os lindos hábitos
das Missionárias reluziam e enchiam o lugar como lírios perfumados. Vivi
intensamente esses momentos.
Foto 2:
Fala do Pe. Gerenaldo Messias.
Ao passo que a
celebração foi sendo conduzida, seu presidente Pe.
Gerenaldo Messias Bezerra de Carvalho, Vigário Geral diocesano, foi
recordando com tamanha inspiração de momentos históricos da vida de Dom Eliseu Maria
Coroli e da constituição da congregação, há mais de sessenta anos. Recordei de
ter lido tanto sobre isso, pesquisado e escrito tanto sobre isso. Uma efusão de
dados e memórias históricas foi me tomando de assalto.
Fotos 3, 4 e 5:
Missionárias renovam seus votos perpétuos de profissão religiosa.
O momento da
renovação de votos religiosos, para mim foi o mais comovente, onde pude ver o
rosto de alegria de minhas queridas irmãs missionárias em colocar-se a serviço
da Igreja e da Diocese de Bragança, diante de suas famílias e de tantos amigos
leigos.
Entre os padres
Barnabitas, o Superior da ordem, o Pe. Francisco
Maria Chagas Santos da Silva, também do interior do Pará. E entre
eles, um querido amigo de família, o sacerdote que casou meus pais e me batizou
católico, Pe. Luciano Maria Brambilla,
um religioso com larga história em Bragança e um dos maiores colaboradores de Dom
Eliseu Coroli.
E logo a
memória familiar veio. Lembrei de meu pai e das palavras de mamãe ao falar dele
e do dia meu batismo, além da profunda amizade que ele tinha com meu pai. Padre
Luciano tem 64 anos de vida sacerdotal e 89 anos. E guarda uma memória
fantástica. Ainda reconhece muitos de seus filhinhos, com um largo sorriso e
aquele vozeirão.
Foto 6:
Com Mamãe e Pe. Luciano Brambilla.
A liturgia
sendo conduzida precisa e elegantemente por minha querida amiga, ex-professora,
ex-diretora e incentivadora Ir. Oneide
Freitas Rotterdam foi digna de aplausos, extensivos ao Coral Nossa
Senhora do Rosário, garbosamente vestido em linda indumentária rosariana. E
prosseguiu a liturgia com cânticos teresianos, uns que ouvi cantar na capela do
Colégio pelas missionárias em retiro ou em momentos em que estive com elas de
maneira particular já como professor e outros aprendidos nos ensaios das missas
teresianas.
Foto 7:
Selfie histórico com Ir. Edith Almeida de Sousa.
A comemoração
esteve completa com a linda homenagem de balé da querida antiga aluna Isabela Costa,
trajada de Santa Teresinha a entregar lindas rosas vermelhas à Ir. Edith Almeida de Sousa,
co-fundadora, às irmãs pioneiras, ao Pe. Luciano Brambilla, à Ir. Maria da Conceição
Alves, Ir. Maria Helena Gomes de Oliveira, Ir. Maria Tavares de Oliveira, Ir. Marilda
Teixeira Moreira e Ir. Rosa Gonçalves de Quadros (que celebraram Jubileu de
Ouro de profissão religiosa), Ir. Antonieta Vieira da Silva, Ir. Deusimar Maria
Silva da Costa, Ir. Francisca Pantoja da Silva, Ir. Maria Bezerra Ferreira
Filha, Ir. Maria Deuzanira Xavier da Rosa e Ir. Maria Filomena Gomes (que
celebraram Jubileu de Prata de profissão religiosa).
Foto 8:
Com Mamãe e Ir. Edith Almeida de Sousa.
Depois, como
que para causar mais emoção, a Vice-Superiora Geral das Missionárias de Santa
Teresinha, minha querida amiga Ir. Margarida
Pantoja, fez um belíssimo discurso, cheio de muito sentimento de
gratidão e de prospectivas da congregação, que olha com gratidão o passado, abraça
o presente com zelo e se lança no futuro com esperança. Ir. Margarida estava
por demasiada tomada pelo espírito do Pai Fundador, não esquecendo de ninguém
em absoluto, desde os primórdios da congregação, da sua trajetória no decurso do
tempo e no presente.
Foto 9 e 10:
Fala da Ir. Margarida Pantoja.
Falou como uma
legítima representante desse novo ardor missionário despertado e alimentado
como fruto das celebrações jubilares de 60 anos da congregação. Dom Eliseu
estava aos ombros de Ir. Margarida. Ela fez uma defesa dos valores que Coroli
propunha de forma desafiadora há muito tempo: acolher as vocações no interior
do Pará, na Amazônia, como carinhosamente ela denominou as irmãs “caboclinhas
do interior” do Pará, de onde nasceram diversas e diversas vocações.
Fotos 11 e 12: Fala da Ir. Edith, parabéns à congregação e bênção final.
As palavras de
Ir. Margarida, investida do cargo de Superiora Geral em exercício – já que a
Superiora Geral, minha querida Ir. Estelina Oliveira,
está em viagem canônica pela Europa – soaram forte, seja pela defesa do papel
da mulher, religiosa, missionária, educadora, gestora, comunicadora, ainda deve
ser valorizado e atualizado na re-significação do espírito e do patrimônio
Coroli nos dias de hoje, para muitas outras jovens bragantinas e outras “caboclinhas
do interior” do Pará e da Amazônia.
Foto 13: Com Ir.
Maria Tavares.
Abracei
emocionado minha querida ex-professora e amiga de muito tempo, Ir. Maria Tavares de Oliveira e chorando
em seus ombros atualizei meu voto de gratidão a todas as Missionárias de Santa
Teresinha, além de meu amor teresiano e minha lida para construir uma história da
congregação, ainda nos diálogos e sonhos. E depois, agradeci outra
ex-professora – e incentivadora – Ir. Oneide
Freitas Rotterdam, com um caloroso e emocionado abraço. Afinal ela é
um pouco “culpada” do que me tornei como historiador.
Fotos 14, 15 e 16:
Missionárias celebram seus jubileus.
E não parou
por aí. Após a celebração, um almoço no Ginásio Dom Eliseu Maria Coroli, que na
verdade era chamado de Brambillão – e defendo que volte a ser assim por dívida
histórica – foi servido a muitos convidados, conjugando as homenagens entregues
a tantos colaboradores da congregação e às irmãs jubilares. Mais emoção ainda
tomou conta de nós todos.
Foto 17 e 18:
Homenagens entregues.
Mesmo com a
excelente colaboração da equipe do Hospital Santo Antônio
Maria Zaccaria, senti falta, no entanto, das comunidades do Instituto Santa Teresinha e da Fundação Educadora de Comunicação (Rádios
AM, FM e SERB) e das comunidades onde atuaram e atuam as Missionárias, o que
não permitiu demonstrar todas as matizes de ação dessas queridas irmãs.
Foto 19:
Com Ir. Oneide Rotterdam.
Desse jeito,
um especial e carinhoso abraço, com toda a minha gratidão, em meu nome e de
minha mãe Socorro Rodrigues por tudo e por me permitirem ser um teresiano. Um beijo,
um abraço, meu afeto e minhas orações. Salve as Missionárias de Santa Teresinha!
Dário
Benedito Rodrigues, um teresiano
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