Fui convidado pelas Irmãs Missionárias de Santa Teresinha para falar-lhes, em reunião de Superioras de suas comunidades, sobre o percurso histórico de Dom Eliseu Maria Coroli em Bragança a partir de 1930 e a trajetória religiosa que permitiu e solicitou a fundação de uma congregação a partir dos cenários da cidade e região, além das ações em torno dos fatos que envolveram o fundador e suas filhas espirituais.
Estive pela primeira vez na Casa São Francisco de Assis, das missionárias, próximo ao Sítio Nossa Senhora da Glória, em Bragança, no domingo, dia 05 de junho e numa manhã agradável - e em quase três horas - expus os contextos históricos que levaram Dom Eliseu Maria Coroli a criar uma congregação religiosa e a administrar tão grande região como o território da antiga Prelazia do Guamá, hoje Diocese de Bragança, amparado por pesquisa histórica e documental, a partir dos estudos em fontes disponíveis em acervos particulares, arquivos da própria congregação e documentos públicos que ressaltam a faceta humana, administrativa, educacional e religiosa da atuação do missionário barnabita italiano em terras caeteuaras.
Pude rememorar fatos como a ousada fundação do Instituto Santa Teresinha (1938) e a construção do prédio (1940), a tomada do colégio pelos militares no período da II Guerra Mundial, o relacionamento político e social de Dom Eliseu Maria Coroli com as autoridades de Bragança à época, a ideia da Congregação das Missionárias de Santa Teresinha (1948 e 1854) e a criação da Maternidade Nossa Senhora da Divina Providência (1946) e do o Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria (1955). Na última parte, falei do artigo publicado na Revista Veredas da História intitulado "Intrépido e Incansável: a atuação educacional de Eliseu Coroli em Bragança/PA na primeira metade do século XX".
Dentro dessas perspectivas, a Congregação trabalhará a formação de suas religiosas em aspectos como a sua própria História e a inserção de uma abordagem técnica mais acurada para as Irmãs Missionárias em preparação à comemoração dos 30 anos de recebimento do reconhecimento de Direito Pontifício, que data de 1982, conincidentemente o ano do falecimento de Dom Eliseu Maria Coroli.
Aproveitei a oportunidade para falar de minha experiência como ex-aluno, ex-professor e colaborador da congregação, num momento de bastante emoção para mim e para as Irmãs. Recebi singelos agradecimentos de várias Irmãs, com especial deferências às minhas ex-professoras presentes: Ir. Oneide Rotterdam (História), Ir. Ediane Santana (Educação Artística), Ir. Fátima Tavares (Língua Portuguesa e Redação), Ir. Diva Magalhães (Educação Artística), Ir. Glória Clemente (Língua Portuguesa e Literatura), Ir. Ascenção Lemos (Contabilidade Comercial) e Ir. Celeste (Educação Física e Voleibol).
Agradeço o convite de Ir. Socorro, de Ir. Margarida e a recepção de todas as irmãs presentes, representadas pela Ir. Estelina Oliveira, Vice-Superiora Geral. Nas fotos abaixo, os registros da manhã com as Missionárias de Santa Teresinha.
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