Hoje, numa atitude coletiva, a
UFPA Bragança em seus segmentos, resolveu pela #OCUPAÇÃO de
espaços no Campus de Bragança, para que lutemos contra a Proposta de Emenda
Constitucional 241/55 que além de representar um enorme retrocesso é um ataque
às conquistas e aos direitos de todos os cidadãos brasileiros.
Esse processo de ocupação,
antes de mais nada, será também um processo de #EDUCAÇÃO,
organizado a partir de diálogos e conversas nas atividades acadêmicas acerca da
conjuntura que o Brasil está vivenciando e da qual não podemos estar
acomodados, calados e submetidos.
As atividades em geral também
serão de mobilização nessas ações e avaliação constante dos resultados
pretendidos e alcançados, assim como pela busca de conscientização, entendimento
e apoio da sociedade em geral, em especial dos que procuram a UFPA de Bragança.
Cada pessoa ao exercer seu
direito e reivindicar direitos também respeita os direitos das outras pessoas e
de toda a população, não estando contra o ritmo normal de uma instituição como
a UFPA ou contra processos que nos envolvem, mas sendo contra os ataques que
esta PEC (241 na Câmara Federal ou 55 no Senado Federal) representa não só em
nível institucional, mas para todos, em amplo sentido, ameaçando parte do futuro
do país no qual vivemos.
É importante que a sociedade
bragantina e todos os seus organismos institucionais possam se informar,
esclarecer e procurar entender a atitude agora tomada, de forma corajosa e
empenhada, avaliada e discutida com professores, técnicos e estudantes.
Não se trata aqui de desvirtuar
nenhum preceito defendido pela UFPA Bragança e por sua comunidade acadêmica,
mas para fazer valer a voz, vez e desejo dessa mesma comunidade em lutar
constantemente contra tudo o que pode ameaçar a vida e a qualidade do que
fazemos (ensino, pesquisa e extensão) de forma conjunta e não de qualquer
maneira.
As lutas no ambiente da UFPA em
Bragança não são de agora. Já vivemos várias, em diferentes níveis: a por sua
implantação na década de 1980, por uma vivência mais democrática e
participativa na década de 1990, por sua continuidade (ameaçada pelos golpes do
quase completo sucateamento), por sua ampliação nos anos 2000 com a conquista
de novos e maiores espaços, infraestrutura e direitos estudantis e agora por
seu crescimento e pela sua sustentabilidade institucional e pelos direitos de
toda a comunidade diante do que significa a aprovação desta tal proposta de
emenda à Constituição.
Manifesto-me a favor da #OCUPAÇÃO de forma corajosa e responsável, defendendo o mesmo e maior
patrimônio educacional da Amazônia, desta vez como professor, colocando-me à
disposição ao diálogo e ao debate de ideias, para a construção deste movimento
e para fazer valer a voz cidadã que não pode ecoar somente intramuros.
Evidentemente, as vozes
dissonantes existem e precisam ser ouvidas e respeitadas, como também a nossa
voz, num nível de respeito que dignifique e exalte ainda mais a função social
que uma Universidade como a nossa tem e representa. Para isso, nossas
atividades estarão direcionadas a alcançar o maior número possível de pessoas e
organismos sociais e institucionais.
#VAMOS_À_LUTA sim!
Todos juntos e cada um do seu jeito e com a sua força, com o que puder e da
maneira que quiser, pela nossa geração e pelas que virão.
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