Pe. Luciano Alfredo Brambilla (CRSP)
O Pe. Luciano Alfredo Brambila nasceu em Arena-Po, uma cidade italiana, em 16 de julho de 1926, filho do casal de católicos praticantes Mauro e Joseppina Milani. Suas irmãs são Camila e Marilena Brambilla, já dedicadas à Igreja da Diocese do Bispado de Tortoba, onde ele foi batizado.
Ainda criança despertou o interesse pela vida religiosa e quando completou 11 anos partiu para o Seminário dos Agostinianos, em 1937. Lá, o Pe. Mário Petro o ajudou na escolha vocacional. Após dois meses, recebeu a primeira visita dos pais. Um mês depois, teve que retornar à casa da família pelo falecimento de seu pai. Assim, precisou sair do Seminário por um período, já que era seu pai quem mantinha os estudos de Luciano.
Luciano entrou na ordem dos Padres Barnabitas (Clérigos Regulares de São Paulo) em 18 de outubro de 1939. Seu amigo Pe. Mário Pietro reuniu algumas colaborações que garantiram toda a formação de Pe. Luciano, no Seminário barnabita.
Segundo informações do Pe. Giovanni Incampo, Superior Provincial dos Barnabitas no Norte, após uns cinco meses de estudos, Pe. Luciano despertou a vontade de ser missionário no Brasil, mais especificamente na então Prelazia do Guamá (hoje Diocese de Bragança), em Bragança, após ouvir dizer que essa região era muito carente de sacerdotes. “Pe. Luciano Brambilla foi ordenado no dia 24 de março de 1951, em Roma, e um anos depois veio para o Brasil, sendo recebido pelo povo bragantino em 14 de fevereiro de 1952 (ele chegou ao Pará em 11 de julho, dia da Festa de Nossa Senhora de Lourdes)”, ressalta Pe. Giovanni Incampo.
Ao longo dessa estadia em Bragança, Pe. Luciano tornou-se um precioso assessor de Dom Eliseu Maria Coroli, bispo prelado do Guamá, tanto nas construções e empreendimentos que ele coordenou como na administração paroquial da Catedral e da Prelazia (mais tarde Diocese). Foi ele quem coordenou a construção da ala mais nova no prédio do Instituto Santa Teresinha e do Ginásio de Esportes, chamado carinhosamente “Brambilão” por muito tempo, como o seu idealizador.
Em junho de 1977, ele ajudou Monsenhor Miguel Giambelli, já Administrador Apostólico da Prelazia do Guamá (depois bispo diocesano de Bragança), na divisão da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e na criação de duas paróquias novas, que são as Paróquias do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (que completaram 33 anos de fundação). Em 1978, foi destinado para Viseu/PA e no ano seguinte, os padres barnabitas o nomearam Vigário da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém/PA.
Padre Giovanni conta ainda que Pe. Luciano Brambilla passou grande parte da vida em Bragança, totalizando 27 (vinte e sete anos). “Praticamente tudo o que a gente ver lá em Bragança tem a assinatura dele, em nome dos religiosos barnabitas”, afirma o superior barnabita.
Na capital do estado, padre Luciano chegou no ano de 1978, para substituir o padre Giovanni Incampo, que até então era o pároco de Nazaré. Ele ficou como pároco por nove anos e depois assumiu a parte administrativa, o que somou 25 anos de dedicação aos trabalhos da Basílica Santuário de Nazaré. “Padre Luciano era muito ligado espiritualmente com o saudoso Dom Eliseu Corolli e com Dom Miguel Giambelli, com certeza padre Luciano adquiriu uma riqueza espiritual e de conhecimentos em Bragança e trouxe para a Paróquia de Nazaré”, destaca Pe. Giovanni.
No Círio de Nazaré, em Belém, foi um dos organizadores de procissões e romarias que hoje compõem a programação da festa nazarena, como a Romaria Fluvial do Círio de Nazaré, ocorrida pela primeira vez em 08 de outubro daquele ano e a Romaria Rodoviária, realizada inicialmente em 07 de outubro de 1989, que ainda saía do Monumento da Cabanagem, no Entroncamento.
Publicou em 2003 (com Vera Maria de Barros Meireles e Leida de Almeida da Silva) o livro Vocação, em que relata sua trajetória sacerdotal. Seguindo em missão, o sacerdote, em julho de 2005, deixou a Basílica de Nazaré para servir em Fortaleza/CE.
Nota do Blog: Pe. Luciano Brambilla casou meus pais, Jocelino Nonato da Silva e Maria do Socorro Rodrigues em 06 de dezembro de 1975, na então Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e me batizou em 1978, na recém-fundada Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Hoje, celebrará com mais 20 sacerdotes a missa em comemoração de seus 60 anos de vida sacerdotal na Catedral de Nossa Senhora do Rosário, às 18 horas.
Fonte/Imagem: Diocese de Bragança / Basílica de Nossa Senhora de Nazaré / Acervo Pessoal
Entrevista exclusiva com padre Luciano Brambilla, que comemorou 60 anos de sacerdócio com duas missas na Basílica de Nazaré (do site da Basílica de Nazaré, Belém/PA)
Ser padre é um dom, é vocação, é dedicação, é ser pai, filho, pastor ou, simplesmente, ser uma pessoa do bem, que decide viver doando-se integralmente ao seu próximo. Estas características e outras mais são vistas muito claramente em um pequeno e grande homem, que encanta e evangeliza muitas pessoas por onde passa, é o padre Luciano Maria Brambilla, que comemorou 60 anos de vida sacerdotal no final de maio, com os paroquianos de Nazaré.
Padre Luciano Brambilla, que é da congregação dos Barnabitas, completou seu 60º aniversário de sacerdócio em março deste ano, em Fortaleza no Ceará, mas a pedido do superior provincial dos Barnabitas do Norte, padre Giovanni Incampo, padre Luciano veio para a capital paraense no final do mês de maio para comemorar seu aniversário juntamente com os paroquianos de Nazaré e com o Caminho Neocatecumenal, que fez 30 anos em Belém, que foi fundado por esse sacerdote.
Padre Luciano respondeu algumas perguntas, veja.
Sabemos que muitas obras realizadas na Basílica Santuário de Nazaré, como a Praça Santuário, as creches Casulo e Sorena, entre outras, foram iniciadas pelo senhor. Como surgiu a ideia de fazer esses projetos?
Pe. Luciano: “Não surgiram ideias, surgiram necessidades. As crianças apareciam e os pais, e mães solteiras não tinham como cuidar, então começamos a fazer um lugar para atender esse público. E o engraçado é que não fizemos nenhum projeto, como deve ser feito, mas tudo foi surgindo, pela providência divina”.
E como surgiu o Caminho Neocatecumenal aqui em Belém?
Pe. Luciano: Eu não trouxe a ideia, a ideia é que veio atrás de mim. Eu não sabia o que era Caminho Neocatecumenal, eu estava na Basílica de Nazaré quando tinha um padre que veio do Sul junto com seu sacristão, então eles perguntaram se podiam rezar lá, e eu disse que sim, a Igreja é o lugar pra rezar.
No outro dia, vi que eles estavam na sacristia, e perguntei onde eles dormiram, e o padre disse que tinham ficado na praça. Ai eu me espantei e chamei eles para almoçarem. No final do almoço o padre perguntou a hora e eu disse ‘Eita, e você não tem nem um relógio?’ Ai ele disse que não, porque eles vieram só com o dinheiro das passagens de ida e volta e lá no terminal rodoviário pediram esmola para eles, mas eles não tinham, porém o padre lembrou do evangelho, onde São Pedro diz que não tem ouro nem prata, e deu saúde. Foi então que o padre deu o seu relógio e falou para comprarem o que precisassem. Isso me impressionou tanto. Foi um soco na cara. Ai eu perguntei o que era isso. E eles responderam que era o Caminho Neocatecumenal. E eu disse: ‘Quero isso aqui também!’ Foi uma coisa que nunca tinha visto. Depois vieram algumas pessoas falar melhor do Caminho Neocatecumenal, e ai começamos em Belém, e deu tanto certo que está até hoje, há 30 anos”.
Padre Luciano, e como foi a sua transferência de Belém para Fortaleza? Demorou se acostumar com a ideia, afinal foram mais de 20 anos aqui?
Pe. Luciano: Eu tô acostumado a não ir atrás das minhas vontades. Na terça-feira à tarde o padre provincial disse que eu ia para Fortaleza, e ai eu arrumei minhas malas, e na sexta fui embora, sem me despedir. Nem chorei. Me parece que foi a mesma coisa com os apóstolos. Mateus estava cobrando os impostos e Jesus disse: ‘Vem e segue-me’, e ele deixou tudo e seguiu. Isto é obediência.
Comemorar 60 anos de vida é muita felicidade para muitas pessoas, e como é para o senhor comemorar 60 anos de vida sacerdotal?
Pe. Luciano: Cheguei aos 60 anos como padre porque Deus quis. Meu único arrependimento, talvez, é por não ter feito tudo o que Deus quisesse, porque ninguém é perfeito. Mas fico bem se Papai do Céu me puxar a orelha e depois me der um abraço, quando eu chegar no céu (risos)”.
Fonte: http://www.basilicadenazare.com.br/portal/barnabitas/25-the-project/275-60-anos-de-sacerdocio.html
Aniversariante de Julio, falta um na sua lista:
ResponderExcluirPe. Luciano Brambilla, Arena Po (Pavia, ITA) 16.07.1926
Obrigado pela lembrança
Paolo Filipponi
Aniversariante de Julio, falta um na sua lista:
ResponderExcluirPe. Luciano Brambilla, Arena Po (Pavia, ITA) 16.07.1926
Obrigado pela lembrança
Paolo Filipponi
O meu patrão fala muito bem do Padre Luciano, foi aluno dele em Bragança. O nome dele é João Normando, mais conhecido por Melo maluco.
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